Fundado em 7 de setembro de 1905 Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909 CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513 CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba |
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CADEIRA Nº. 46
PATRONO:
ADHEMAR VIDAL
FUNDADOR:
RAUL DE GÓES
OCUPANTE:
ITAPUAN BÔTTO
ADHEMAR VIDAL
PATRONO
ADHEMAR
Victor de Menezes VIDAL nasceu no dia 7 de outubro de 1900, na capital do
Estado da Paraíba, filho do jornalista Assis Vidal e Dª. Amélia Augusta de
Menezes Vidal. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 30 de novembro de 1986. Era
casado com Dª. Maria do Céu Vidal, de cuja união deixou cinco filhos.
Foi
alfabetizado na casa de sua mãe, freqüentando, depois, os Colégios Nossa
Senhora das Neves, Diocesano Pio X e Liceu Paraibano. Preparou-se para
ingressar no Liceu com o professor e poeta Augusto dos Anjos, cujas aulas eram
ministradas na própria residência do professor, à Rua Direita, atual Duque de
Caxias. Desse contato diário com Augusto dos Anjos, Adhemar Vidal colheu
subsídios para escrever, mais tarde, o livro intitulado O outro EU de Augusto dos Anjos. Aos 19 anos, Adhemar já era
advogado, formado pela Faculdade do Recife e começou a advogar em João Pessoa,
transferindo-se, depois, para o Rio de Janeiro, onde fez concurso para o
Itamaraty. Foi aprovado e nomeado para a Legação do Brasil na Holanda, porém,
achando-se enfermo, renunciou ao cargo e voltou à Paraíba. Aqui chegando, foi
nomeado Oficial de Gabinete do Presidente Solon de Lucena, ocupando, também, o
cargo de Procurador da República. Mais tarde, o Presidente João Pessoa
convidou-o para ocupar as pastas da Justiça e Segurança, permanecendo à frente
daquelas Secretarias até 1930.
Aos 12
anos começou a trabalhar no jornal A
União como revisor, exercendo, depois, a direção desse órgão. Fundou a
revista A Novela, que circulou na
capital, sendo classificada como a precursora do movimento modernista no
Nordeste. Escreveu em vários jornais do país e em revistas estrangeiras,
representou o Brasil em Congressos, fez conferências em diversas Universidades
sobre assuntos políticos e jurídicos. Era colaborador assíduo da revista Era Nova. Tornou-se membro da Academia Paraibana de Letras,
eleito por aclamação, onde tomou posse no dia 24 de outubro de 1979, passando a
ocupar a Cadeira nº. 8, cujo Patrono é Afonso Campos (Sênior).
A sua
produção literária é vasta e variada. Além dos artigos publicados em jornais e
revistas, deixou os livros: Fome,
1922; O incrível João Pessoa, 1931; 1930: História da Revolução na Paraíba,
1933; Epitácio Pessoa ou o sentimento de
autoridade, 1942; Recordações
sentimentais de Epitácio Pessoa, 1942; Guia
da Paraíba, 1943; Terra de homens,
1945; América, mundo livre, 1945; Espírito de reforma, 1945; Importância do açúcar, 1945; Lendas e Superstições, 1950; Europa, 1950; Reparações de Guerra, 1952; Organização
Judiciária dos Estados Unidos do Brasil, 1959; Liquidação dos bens de guerra, 1960; O outro EU de Augusto dos Anjos, 1967; Canção de liberdade; Regime
Jurídico do Estrangeiro; Moderno
sentido da Soberania.
Adhemar
Vidal ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 14 de
julho de 1926, tendo exercido sua Presidência no período 1941 a 1944.
O IHGP
mantém um Fundo Privado em nome de Adhemar Vidal, do qual constam vários
inéditos de sua autoria, tendo sua biblioteca sido agregada ao acervo do
Instituto por doação de sua filha Alice.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DUARTE, Waldemar. Adhemar Vidal um revolucionário de 30 que se
projetou nas letras nacionais, in jornal A União, João Pessoa, 7/12/86.
VIDAL, Adhemar. O outro EU de Augusto dos Anjos, José
Olympio, Rio, 1967.
Arquivo do IHGP.
RAUL DE GÓES
FUNDADOR
RAUL DE
GÓES nasceu em Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, no dia 23 de
novembro de 1907, sendo criado em João Pessoa, para onde veio residir em
companhia de um tio, em conseqüência do falecimento dos seus pais, ocorrido
quando ele era ainda criança. Aqui passou a infância e a juventude, estudou e
fez amigos, considerando-se um autêntico paraibano.
Durante
a administração de Argemiro de Figueiredo, Raul de Góes foi Secretário de
Estado. Na política, elegeu-se Deputado Federal pela Paraíba. Dedicado às
letras, jornalista competente, escreveu durante muito tempo no Diário de Pernambuco e em vários outros
jornais importantes do país; admirava Machado de Assis e Eça de Queiroz, sem
esquecer os paraibanos Eudes Barros, Perilo d’Oliveira, Silvino Olavo, Órris
Barbosa, Rocha Barreto, entre outros companheiros.
Em 1940
foi tentar a vida no Rio de Janeiro, onde privava da amizade do Presidente
Getúlio Vargas; lá, ocupou os cargos: Presidente da Confederação das
Associações Comerciais; Presidente do Instituto Brasileiro do Sal; Presidente do Conselho Superior da Associação
Comercial do Rio de Janeiro; Membro do Conselho Nacional do Petróleo; Membro do
Conselho Administrativo da Defesa Econômica; Membro do Conselho de
Desenvolvimento da COPEG; Membro do Conselho Fiscal do Metrô do Rio de Janeiro;
Membro do Conselho Fiscal do Banco do Brasil; Membro do Conselho Nacional da
Cruz Vermelha; Membro do Conselho Consultivo do Instituto do Desenvolvimento da
Guanabara.
Recebeu
as seguintes condecorações, no grau de comendador: Mérito Militar, Mérito Naval
e Mérito Aeronáutico (Governo Brasileiro) Cruz de Cristo e Infante D. Henrique
(Governo de Portugal). Foi condecorado ainda com a medalha “Mérito Tamandaré”
do Ministério da Marinha.
Escreveu
os livros: Beaurepaire Rohan – um
estadista do II Império; Evocando
Mauá e Ottoni; A Missão do Empresário
em nossos dias; Um sueco emigra para
o Nordeste; Lição Americana; Evocando Epitácio; Hermann Lundgren.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 27 de julho de 1938.
Faleceu no Rio de Janeiro em setembro de 1994, tendo sua família doado ao
Instituto o acervo da sua biblioteca.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
JUREMA, Abelardo. Presença da Paraíba no Brasil. João
Pessoa, UFPB, 1985.
TARGINO, Itapuan Bôtto. Ademar Vidal & Raul de Góes. João Pessoa, Micrográfica,
1996.
Atual
ocupante
ITAPUAN
BÔTTO Targino nasceu no dia 10 de maio de 1938, na cidade de João Pessoa,
Paraíba, filho de Ananias Targino F. Pontes e Maria da Penha Bôtto de Menezes.
É casado com Regina Rodrigues Bôtto Targino, de cujo consórcio tem os filhos
Marieta, Estevam e Itapuan Filho.
Fez seus
estudos primários na Escola da professora Maria Adelina Barbosa, o ginasial no
Colégio Pio X e concluiu o colegial no Liceu Paraibano, em 1955. Titulou-se em
Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Paraíba, em 1960, e
se formou em Licenciatura em Pedagogia (Habilitação em Administração Escolar)
pelo Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, em 1975.
Ingressou
no magistério em 1962, lecionando, na Escola Técnica de Comércio Assis Vidal,
as disciplinas História Econômica, Geografia Humana e Legislação Aplicada; foi
professor de Didática nos Institutos Paraibanos de Educação (IPÊ); ensinou
Direito e Legislação no Colégio Nossa Senhora de Lourdes; na Universidade
Federal da Paraíba, lecionou Legislação do Trabalho, no Curso de Auxiliar de
Enfermagem do Trabalho; e Legislação do Ensino e Estrutura e funcionamento do
Ensino de 1º e 2º Graus, no Centro de Educação; lecionou Educação Moral e
Cívica e Organização e Normas na Escola Técnica Federal da Paraíba – ETFPB.
Possui
os cursos de Relações Humanas e Técnicas em Comunicação (Conselho Estadual de
Desenvolvimento), 1960/1963; Administradores para Formação Profissional
(Fundação Getúlio Vargas – Rio), 1968; Gestão de Centros de Formação
Profissional (Cintefor/Cenafor-São Paulo), 1982; Treinamento Prático sobre
Educação Vocacional e Industrial (Oswego University, New York, USA), 1969;
Administração Financeira (MEC, Fortaleza), 1971.
Entre os
cargos exercidos, destacam-se: Diretor da Escola Técnica Federal da Paraíba,
1964-1983; Secretário Municipal de Educação e Cultura, João Pessoa, 1983-85 e
1992; Supervisor das Escolas Técnicas Federais, MEC, Brasília, 1969; Oficial de
Gabinete do Prefeito Municipal de João Pessoa, 1959; Representante do MEC junto
aos Conselhos Regionais do SENAI e SENAC, em Campina Grande e João Pessoa,
1967-72 e 1973/74, e 1973-83, respectivamente; Secretário Geral do Poder
Legislativo da Paraíba, 1993-95; Presidente da Fundação Espaço Cultural da
Paraíba (FUNESC), 1995; membro do Conselho Estadual de Cultura da Paraíba;
Chefe do Cerimonial do Governo do Estado da Paraíba; Diretor Executivo do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba.
Possui
várias condecorações: Diploma de Menção Honrosa (Conselho Estadual de Cultura),
1970; Medalha Nilo Peçanha, MEC, 1976; Medalha do Sesquicentenário de D. Pedro
II, Colégio D. Pedro II, Rio, 1976; Medalha Professora Margarida Schivasappa,
Escola Técnica Federal do Pará, 1978; Medalha Escola Técnica do Ceará,
Fortaleza, 1979; Medalha de Honra ao Mérito, Escola Técnica Federal do Mato
Grosso, Cuiabá, 1979; Medalha do Mérito Tamandaré, Ministério da Marinha, 1983;
Medalha Alcides Carneiro, Campanha Nacional das Escolas da Comunidade, 1984; é
Cidadão Honorário das cidades de Itaporanga e Picuí e Benemérito da cidade de
João Pessoa; possui a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, outorgada
pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano.
Trabalhos
publicados: A Verdade de um Homem Público,
1985; A Propósito de Educação, 1985; Apontamentos de Legislação de Ensino,
1978; Estudos de Recuperação – uma
experiência, 1975; Educação Artística
- o canto coral nas Escolas Técnicas, 1978; Olavo Bilac e o Serviço Militar Obrigatório, 1978; Escolas Técnicas – Instrumento de Progresso
e Desenvolvimento, 1978 Por uma
educação integral, 1980; Subsídios
para Fixação de Critérios na Distribuição de Recursos às Escolas Técnicas,
1980; A educação como instrumento de Reconstrução
Nacional, 1980; Preservação do
Patrimônio Ferroviário – As Estações
de trem da Paraíba, 2001; Anísio
Teixeira – Educador do Século XX, 2001; O
Centro Histórico de São João do Rio do Peixe, 2002; Patrimônio Histórico da Paraíba – 2000 – 2002, 2003; Cartilha do Patrimônio – Centro Histórico de
João Pessoa, 2003; Município,
Municipalismo e Descentralização, 2004: Assim
eu disse..., 2005.
Itapuan
Bôtto ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de
julho de 1996.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ do associado.
CADEIRA Nº. 47
PATRONO:
PEDRO BATISTA
FUNDADOR:
PÉRICLES SERAFIM
PEDRO BATISTA
PATRONO
PEDRO
BATISTA nasceu no dia 1º de julho de 1890, na Fazenda Riacho Verde, propriedade
dos seus pais, no município de Teixeira; filho de Luiz de França Batista e
Cosma Feslismina Batista. Casou-se em 1917 com Raquel Aleixo de Barros, que
faleceu precocemente, deixando-lhe uma filha, que, infelizmente, também não sobreviveu.
Em 1921, casou-se novamente, com a jovem Severina Amélia de Sousa. Desse
casamento não houve descendentes.
Aprendeu
as primeiras letras no engenho, com o professor Joaquim Ribeiro de Barros; aos
dez anos, com o falecimento do pai, mudou-se para a cidade de Campina Grande,
começando os estudos com o famoso mestre Clementino Procópio. Na falta do pai
para prover o sustento da casa, toda a família precisou ir à luta pela
sobrevivência. E Pedro foi mascate, vendendo de tudo, inclusive folhetos de
cordel. Já adulto, viúvo, em Guarabira, editou o jornal A Luz. Em 1921, na capital, trabalhou com seu irmão, o folclorista
Francisco das Chagas, proprietário da Editora Popular. Pouco tempo depois
inaugurou a Livraria São Paulo, iniciando sua vida totalmente voltada para as
letras. Começa a escrever crônicas para os jornais. Por esse tempo, conhece
Eudes Barros, Hortênsio Ribeiro e Coriolano de Medeiros, com estes funda o
Gabinete de Estudinhos de Geografia da Paraíba, que teve a duração de mais ou
menos dez anos.
Pedro
Batista faleceu jovem, aos 48 anos de idade, no dia 3 de setembro de 1938. Teve
vida intelectual atuante e produtiva, com forte inclinação para a cultura
popular. Escreveu sobre os Cangaceiros,
trabalhos esses publicados em fascículos entre 1913 e 1914; depois, em 1929,
retomando o tema, escreve Cangaceiros do
Nordeste. Em 1933, publicou O Cônego
Bernardo, trabalho de paciente estudo e minuciosa pesquisa, que imortalizou
o patrono desta cadeira. Deixou escrito Ruínas
da casa velha, que não chegou a ser publicado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
SERAFIM, Péricles Vitório. Discurso de posse. João Pessoa, 1993.
FUNDADOR
PÉRICLES
Vitório SERAFIM nasceu no dia 26 de julho de 1939, na cidade de Remígio,
Paraíba, filho de Pedro Serafim dos Santos e Sisínia Vitório Serafim. É casado
com Suely Paia Serafim e tem quatro filhos.
Fez o
curso primário na Escola Pública de Remígio e o curso secundário e científico
no Colégio Pio X, de João Pessoa. Em 1964, formou-se em Medicina pela Faculdade
de Medicina da Universidade Federal da Paraíba. Como demonstrasse sensibilidade
para as letras e o dom da retórica, foi escolhido o orador oficial de sua
turma.
Pesquisador
cioso, vem realizando pesquisas não só na área médica, mas também na
Genealogia. Além de graduação em medicina, possui vários outros cursos feitos
no Brasil, Europa e Estados Unidos. Destacamos alguns: Temas de Atualização em
Otorrinolaringologia (Prof. Ermírio Lima, 1963); Curso de Otologia, ministrado
pelos Drs. James Sheery e B. Hill Britton Jr., do Otologic Medical Group de Los
Angeles, em 1968; Alergia em Otorrinolaringologia,
Brasília e Rio Grande do Sul; Atualização em Audiologia Clínica, Rio; Microcirurgia
de Ouvido, EUA, 1970; Problemas da Voz, Argentina, 1970; Patologia da Boca, Rio,
1972; Curso no Centro de Investigaciones Estato-Acusticas de Madrid, Espanha,
sobre Diagnóstico Audiológico y Adaptacion de Protesis Auditivas, ministrado
pelo Prof. Júlio Sanjuna Juaristi, 1974; Certificacion Acadêmica Personal da
Carrera de Doctorado da Universidade Complutense de Madrid – Segunda Faculdade
de Medicina, 1973/1974; Estagiário do Serviço de Otorrinolaringologia do
Hospital da Cruz Vermelha de Barcelona, 1974.
Outros
cursos: Bacharel em Jornalismo; Jornalismo Industrial, pela Universidade
Católica de Pernambuco, 1964; participação e colaboração no Ciclo de Conferências
sobre Segurança Nacional e Desenvolvimento – ADESG/PB, 1970.
No
decorrer de sua vida profissional, Péricles Serafim tem participado de
incontáveis Congressos, Seminários, Ciclos de Estudos e Simpósios na área de
sua especialidade, realizados no Brasil e no Exterior, sempre apresentando com
sucesso trabalhos científicos. Além de atender no seu consultório, Dr. Péricles
é médico credenciado na Associação dos Servidores Públicos do Estado da Paraíba
(ASPEP); da Assistência Regional da Cooperativa dos Rodoviários Ltda.; do
Instituto de Previdência do Estado da Paraíba (IPEP); do Pronto Socorro
Municipal; do Hospital Edson Ramalho, para cirurgias do INPS; Diretor e Clínico
da Clínica D. Paiva, médico do INAMPS (classificado em 1º lugar).
É membro
da Associação Médica da Paraíba, inscrito no Conselho Regional de Medicina da
Paraíba; sócio fundador da Sociedade Paraibana de Otorrinolaringologia e Broncoesofagologia;
título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira
e Federação Brasileira Espanhola de Otorrinolaringologia; Secretário Geral (1975/76)
e Presidente da Associação Médica da Paraíba (1977/79); membro da Associação
Pan-Americana de Otorrinolaringologia e Broncoesofogalogia; membro
correspondente do Instituto del Centro de Otorrinolaringologia y Cirurgia
Funcional del Oido de Barcelona; sócio efetivo da Sociedade Brasileira de
Otologia.
Trabalhos
publicados: História da
Otorrinolaringologia na Paraíba (Jornal A União, 01.01.87, e no livro Primórdios da Otorrinolaringologia e
Broncoesofagologia no Brasil, de autoria do Prof. José Arthur de Carvalho,
1988); O Solitário de Florença,
biografia de Pedro Américo, jornal O
Norte, 29.04.89; Remígio – Brejos e
Carrascais, 1992; Discurso de posse
no IHGP, 1992; Discurso de posse na
Academia Paraibana de Medicina, 1998; O
Sesmeiro do Jardim, 2004.
Péricles
Serafim ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 23 de
julho de 1993, sendo saudado pelo historiador Maurílio Augusto de Almeida.
Exerceu
na Diretoria do IHGP vários cargos, inclusive o de Tesoureiro. Recebeu a
Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, outorgada pelo Instituto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ do associado.
Arquivo do IHGP.
CADEIRA Nº. 48
PATRONO:
FRANCISCO SEVERIANO
FUNDADOR:
MANUEL BATISTA DE MEDEIROS
FRANCISCO SEVERIANO
PATRONO
FRANCISCO
SEVERIANO de Figueiredo (Monsenhor) nasceu no dia 9 de novembro de 1872, em
Palma, Caicó, Estado do Rio Grande do Norte, filho de Luiz Emiliano de
Figueiredo e Dª. Izabel Maria de Jesus. Faleceu no dia 23 de março de 1936, no
Hospital Santa Isabel, em Salvador, Bahia, onde foi sepultado.
Iniciou
os estudos no Seminário de Olinda, Pernambuco, em 1894, transferindo-se para o
nosso Estado logo após a fundação do Seminário da Paraíba. Recebeu as ordens
sacerdotais do bispo diocesano D. Adauto de Miranda Henriques, inclusive a
Tonsura Clerical (corte de cabelo), nas datas: Tonsura, 28 de outubro de 1894;
Subdiaconato, 14 de novembro de 1898; e o Presbiterado a 6 de novembro de 1898;
neste ano passou a ser vigário de Acari (RN), permanecendo nessa localidade até
1901; foi Diretor Espiritual do Seminário, em 1905; Vigário interino da
Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, de 1905 a 1906.
Em 8 de
agosto de 1905, recebeu o título de Cônego do Cabido da Catedral de Nossa
Senhora das Neves, de João Pessoa, sendo efetivado no cargo de Cônego
Penitenciário, e, em 1913, passa a ser Cônego Arcediago do Cabido; em 1917, é
investido como vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Neves.
Além das
funções eclesiásticas, Monsenhor Severiano exerceu o magistério. Lecionou no
Liceu Paraibano e no Colégio Diocesano Pio X; aposentando-se como professor em
1912; em 1932 era vigário da cidade de Esperança, Paraíba.
Pesquisador
da história religiosa, deixou importantes trabalhos que muito têm contribuído ao
estudo do desenvolvimento das instituições católicas da Paraíba e do Rio Grande
do Norte.
Publicou
os livros: Diocese da Paraíba; Anuário Eclesiástico da Paraíba; Gramática Latina e alguns folhetos
contendo sermões e assuntos de divulgação católica.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano em 15 de agosto de 1915, em solenidade conjunta com Nicodemus Neves e
foi saudado por Ascendino Carneiro da Cunha.
Em 24 de
janeiro de 1992, por Resolução do Instituto, passou a ser patrono da Cadeira
nº. 48.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo do IHGP.
BARBOSA, Severino (Mons.). Levitas do Senhor. Fundação José
Augusto, Natal, 1985, p62/63.
FUNDADOR
MANUEL
BATISTA DE MEDEIROS nasceu no dia 27 de julho de 1927, em Solânea, Paraíba;
filho de João Batista Moreira e Dª. Maria Batista de Medeiros. É casado com Dª.
Vera Lúcia Azevedo de Medeiros, nascendo dessa união três filhos: Emmanuel,
Gibran e Luciana.
Cursou o
primário na Escola Pública na cidade natal e, em 1944, concluiu o secundário no
Seminário Arquidiocesano da Paraíba, fazendo o superior no Seminário
Arquidiocesano Maior de João Pessoa. É titulado pela Universidade Federal da
Paraíba nos cursos: Bacharelado em Línguas Latinas, 1959; Bacharelado em
Ciências Jurídicas e Sociais, 1964; Mestrado em Andragogia (Educação Permanente).
Em Recife, na Universidade Católica de Pernambuco, graduou-se em Filosofia,
1970.
Ordenado
sacerdote em 1950, o padre Manuel Batista foi vigário da Paróquia de São Miguel
de Taipu, celebrando a missa todos os meses na Capela do Engenho Itapuá,
pertencente à família do escritor José Lins do Rego. Foi Capelão do Orfanato D.
Ulrico, do Centro de Recuperação Feminina do Bom Pastor, dos Colégios Sagrada
Família e Pio X, e da igreja das Mercês, em João Pessoa. Em 1968, renunciou ao
sacerdócio e optou pelo casamento; para a realização requereu permissão ao Papa
Paulo VI, obtendo a concessão em 1970, quando se casou com Dª. Vera.
Dedicou-se
ao magistério, exercendo as atividades de Professor Adjunto, por concurso
público, na Universidade Federal da Paraíba, das disciplinas Prática de Ensino
em Português e de Literatura da Língua Portuguesa; professor-fundador da
Cadeira de Direito Civil da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do IPÊ;
professor catedrático de Latim e de Português do Seminário da Paraíba;
professor de História Eclesiástica e de Direito Canônico do Seminário Maior da
Paraíba.
Além de
professor, exerceu outras atividades na área da educação. Foi fundador e
primeiro Reitor da Universidade Autônoma de João Pessoa; Membro da Comissão de
Folclore da UFPB; membro do Conselho Universitário da UFPB; Chefe do
Departamento de Metodologia Pedagógica da UFPB; participante de Bancas
Examinadoras de Concursos Públicos e de Vestibulares; membro do Conselho Executivo
do IPÊ. No curso jurídico, atuou como advogado e assessor da presidência da
SAELPA; Procurador Jurídico do IPÊ; Diretor do Departamento de Assistência do
Menor, de 1963 a 1967; Procurador Jurídico do Estado, ocupando a Procuradoria
Geral, cargo no qual se aposentou.
Como
jornalista e escritor colabora nos principais jornais da capital e em Revistas
especializadas. Foi Diretor-Presidente da Rádio Arapuan; Diretor Comercial e da
Gráfica do jornal A Imprensa.
É membro
efetivo da Academia Paraibana de Letras, tendo ocupado a Vice-Presidência por
quatro anos e a Presidência por dois mandatos consecutivos daquela entidade cultural,
onde implantou o Jardim de Academus.
Publicou
vários livros: Idéias, Pessoas e Coisas,
1958, Crônicas de quinze críticas
1963; Paraibanos na Academia Brasileira
de Letras (Coletânea de Discursos de posse e recepção), 1991; Construções Literárias/Acadêmicas, 1998;
Coletânea – Depoimentos (org.), 2002;
Três Documentos na/da Literatura Indígena
do Século XVII, 2002; Visões de
Antanho, 2002; Capitania Holandesa da
Paraíba – O Condado dos Pães de Açúcar, 2ª ed., 2004.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de junho de 1993, sendo
recepcionado pelo consócio Eurivaldo Caldas Tavares. Recebeu a Comenda do
Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, outorgada pelo IHGP.
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS:
Arquivo da Academia Paraíba de
Letras e Arquivo do IHGP.
CADEIRA Nº. 49
PATRONO:
RAUL MACHADO
FUNDADOR:
ABELARDO JUREMA
OCUPANTE:
NELSON COELHO
RAUL MACHADO
PATRONO
RAUL
Campêlo MACHADO nasceu no dia 7 de abril de 1891, em Batalhão, atual Taperoá, e
faleceu no dia 19 de julho de 1954, a bordo do navio “Provence”, quando
regressava da Europa, aonde fora em busca de tratamento de saúde. Era filho do
Dr. João Machado da Silva e Dª. Júlia Campêlo Machado.
Iniciou
os estudos em Taperoá; vindo para João Pessoa, completou sua escolaridade no
Liceu Paraibano, daí seguindo para o Recife, matriculando-se na Faculdade de
Direito daquela cidade, cursando somente o 1º ano. Foi para o Rio de Janeiro,
onde se bacharelou em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro.
Aos 15
anos já escrevia os seus primeiros versos, que publicava no jornal A União; são considerados os mais
famosos: Lágrimas de Cera, Póstumas e Na Praia. Aprovado em concurso público, foi nomeado Auditor de
Guerra, indo servir no Paraná, Mato Grosso e no Rio Grande do Sul; foi Promotor
da Justiça Militar em Pernambuco; pertenceu ao Conselho de Justiça Militar e
foi Ministro do Tribunal de Segurança Nacional; Secretário da Comissão
Organizadora dos Estatutos dos Funcionários Públicos e Ministro Corregedor da
Justiça Militar. Era membro da Societé des Hommes de Lettres e da Societé Academique
D’Histoire Internacionale de France. Além de jurista e poeta, Raul Machado era
poliglota, ensaísta, conferencista e escritor.
Deixou
importante bibliografia: Cristais de
bronze, 1909; Água de Castália,
1919; Asas aflitas, 1924; Pelo abolicionismo da arte, 1925; Praxe do processo criminal militar,
1926; A culpa no direito penal, 1929;
Direito penal militar, 1930; Código penal
militar na Alemanha, 1932; Pássaro
morto, 1933; Poesias, 1936; Dança das idéias, 1939; A lâmpada azul do sonho, 1946; Asas libertas, 1950.
Raul
Machado é patrono da Cadeira nº. 35 da Academia Paraibana de Letras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, José Américo de. Raul Machado (discurso de posse na APL).
João Pessoa, A União Editora, 1965.
Revista da Academia Paraibana de
Letras, nº. 6, 1955.
ABELARDO JUREMA
FUNDADOR
ABELARDO
de Araújo JUREMA nasceu em Itabaiana, Paraíba, no dia 15 de fevereiro de 1915,
filho do Dr. Geminiano Jurema Filho e Dª. Amália de Araújo Jurema; casado com
Maria Evanise Pessoa Cavalcanti de Albuquerque e dessa união nasceram oito
filhos: Maria Amália, Oswaldo Geminiano, Maria Elizabeth, Maria Evanise, Nara,
Rosalinda, Abelardo Filho e João Luiz. Faleceu no dia 9 de fevereiro de 1999,
em João Pessoa.
Iniciou
os estudos em Itabaiana, na Escola de Dª. Marieta Medeiros, depois ingressou no
Colégio Nossa Senhora do Carmo, seguindo para a cidade do Recife, onde se
matriculou no Colégio Oswaldo Cruz e, daí, para a Faculdade de Direito do
Recife, graduando-se me 1937. Ainda estudante, trabalhou nos Correios e
Telégrafos do Recife e escrevia artigos para o Diário da Tarde e Diário de
Pernambuco, jornais do Recife e para A
União, órgão oficial da Paraíba, na época dirigido por Órris Soares. Nesse
mesmo tempo gerenciava a fábrica de cigarros Estrela do Norte, de propriedade
do seu avô, fazendo logo desse local um ponto de encontro de intelectuais e
outras figuras de projeção na sociedade paraibana.
Em 15 de
agosto de 1937, assume, interinamente, o cargo de Prefeito da terra natal;
posteriormente, exerceu outros cargos públicos na capital do Estado, como;
Diretor do Departamento de Estatística e Publicidade; Adjunto de Procurador da
República; Diretor da Rádio Tabajara; Professor de Literatura do Liceu
Paraibano; Diretor do Departamento de Educação e Membro do Conselho
Administrativo do Estado; Secretário de Educação e Saúde e Prefeito Municipal
de João Pessoa, de 9 de outubro de 1949 a 5 de março de 1950, quando participou
da política partidária, elegendo-se suplente de Senador, função que exerceu
interinamente durante a licença do Senador Ruy Carneiro; mais tarde, foi eleito
Deputado Federal e escolhido líder do Governo pelo Presidente Juscelino
Kubitschek. Reeleito Deputado Federal, afastou-se da Câmara para assumir o
cargo de Ministro do Interior e Justiça no Governo João Goulart, funções que
deixou após o movimento militar de 1964, quando teve seus direitos políticos
suspensos por dez anos, com base no primeiro ato institucional. Exilou-se em
Lima, Peru e Lisboa, Portugal, somente retornando ao Brasil em 1970. Fixou-se
no Rio de Janeiro, onde passou a advogar e a trabalhar no Escritório de
Representação da Paraíba naquele Estado.
Enquanto
atuou na política, representou condignamente a Paraíba, que lhe deve o empenho
para a federalização da nossa Universidade.
Abelardo
Jurema era membro efetivo da Academia Paraibana de Letras, tendo recebido da
Universidade Federal da Paraíba o título de Professor Honoris Causa.
Trabalhos
publicados: 102 dias no Senado; Sexta-feira 13; Os últimos dias do Governo João Goulart; Entre os Andes e a Revolução; Juscelino
e Jango: PSD & PTB; Exílio; de Itabaiana à Imortalidade; Presença da Paraíba no Brasil.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 9 de março de 1941, tendo
recebido a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, que lhe foi
outorgada pelo IHGP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LEITÃO, Deusdedit. O Ensino Público na Paraíba – Síntese
histórica da Secretaria da Educação, João Pessoa, 1957.
RABELLO, Adylla Rocha. Abelardo Jurema – Da Prefeitura de Itabaiana ao Ministério da Justiça, João
Pessoa, 2000.
NELSON COELHO
Atual
ocupante
NELSON
COELHO da Silva nasceu em Santa Luzia do Sabugi, Paraíba, no dia 31 de dezembro
de 1942, filho de Abel Coelho da Silva e Severina Coelho da Silva. É casado com
Dª. Lúcia Porciúncula Pereira da Silva, de cuja união tem os filhos George
José, Ana Christina, Claudine e Marcus Frederico.
Seus
primeiros estudos foram feitos em sua cidade natal, sob a orientação das
professoras Eurídice Rocha França, Afra Nóbrega e Maria Lucena de Araújo, que
propiciaram condições de prestar os exames de admissão. Em 1959, concluiu o
curso ginasial no Colégio Diocesano de Patos, vindo continuar os seus estudos
em João Pessoa, onde se titulou como Técnico em Contabilidade pelo Colégio Getúlio
Vargas. Em 1977, ingressou na Faculdade de Direito da Paraíba, onde, em 1982,
formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais.
Iniciou
sua carreira no serviço público como Assessor de Imprensa no Governo Pedro
Gondim, em 1961, passando logo em seguida a Oficial de Gabinete até o final do
governo; em 1966, no Governo João Agripino Filho, exerceu os cargos de
Assessor, Administrador da Penitenciária Modelo e Assessor Geral da Secretaria
do Interior e Justiça, na gestão Jacob Frantz. Passou um longo tempo como Assessor
do Promoexport e por duas vezes foi Secretário da Prefeitura de Sapé (1976/77 e
1983/87).
Ingressou
no jornalismo como colaborador do jornal Correio
da Paraíba (1977), manteve programas na Rádio Cultura de Guarabira, Rádio
Correio da Paraíba e Rádio Arapuan, sempre desenvolvendo um jornalismo
político.
Foi
Assessor dos Governos Tarcísio Burity e Ronaldo Cunha Lima, exercendo o cargo
de Diretor Técnico, depois Diretor do jornal A União, no Governo José Maranhão, onde ingressou como jornalista
político em 1987.
Tem uma
longa vivência nessa área, tendo se destacado por sua independência na
apreciação dos fatos políticos locais e nacionais. Jornalista combativo, às
vezes polêmico, é profundo conhecedor da história política paraibana.
Além de
organizar e coordenar a publicação de vários trabalhos, entre eles a Serie Histórica – Paraíba - Nomes do Século,
editada pela A União Editora e Memória
Política – Cultura & História; escreveu mais de mil artigos nos jornais
onde colaborou.
Entre
suas obras publicadas, destacam-se: A
Costura da Unidade, 1998; Após o fim
da Polaca, 2000; À Margem da Política,
em parceria com o jornalista Hélio Zenaide, 2000; Palanque, 2001; Esquina do
Tempo, 2002; A Tragédia de Mari,
2004.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 16 de fevereiro de 2001,
sendo saudado pelo historiador Luiz Hugo Guimarães.
Há uma
observação a fazer: para a Cadeira nº. 49 fora eleito o sociólogo Odilon
Ribeiro Coutinho, o qual não chegou a tomar posse porque faleceu
repentinamente.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ do associado.
Arquivo do IHGP.
CADEIRA Nº. 50
PATRONO:
JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA
FUNDADOR:
CLEANTHO LEITE
OCUPANTE:
JOSÉ RAFAEL DE MENEZES
JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA
FUNDADOR
JOSÉ AMÉRICO de Almeida nasceu no dia 10 de janeiro de 1887, no
Engenho Olho D’Água, município de Areia, Paraíba. Era filho de Ignácio Augusto
de Almeida e Josefa Leal de Almeida. Casou-se com D. Alice Melo de Almeida e
teve três filhos: Reynaldo, Selda e José Américo Filho.
Foi alfabetizado no engenho onde nasceu pela professora Verônica dos
Santos Leal; com o falecimento do pai, passou a conviver com o tio, padre
Odilon Benvindo, na cidade de Areia. O tio-padre via no sobrinho o seu sucessor
e, contrariando a vontade do garoto, internou-o no Seminário. Sem vocação para
o clero e com o apoio da mãe, José Américo abandonou o Seminário e veio para a
capital do Estado, matriculando-se no Liceu Paraibano, fazendo ali os
preparatórios para o ingresso na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se
em 1908. Retornou à Paraíba. Aqui, começou a advogar, mas logo foi nomeado
Promotor Público da cidade de Sousa. Foi, ainda, Consultor Jurídico, Procurador
Geral do Estado, Secretário de Segurança Pública e Ministro da Viação e Obras
Públicas. Chefiou a Revolução de 1930, atuando nos Estados do Norte e Nordeste;
foi interventor do Estado e Chefe do Governo Central da União.
Na política, exerceu os mandatos de Deputado Federal, Senador e
Governador do Estado. Em 1937, candidatou-se à Presidência da República e em
1946 à Vice-Presidência. Não teve êxito em nenhum dos pleitos. Em 1958,
candidatou-se ao Senado Federal, não conseguindo se eleger afastou-se da
política para recolher-se à sua mansão na praia do Cabo Branco, até seu
falecimento ocorrido em 10 de março de 1980.
José Américo era membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia
Paraibana de Letras. Em 1976, recebeu do jornal A Folha de São Paulo o troféu JUCA PATO, prêmio conferido por
aquele conceituado jornal ao “Intelectual do Ano”. Colaborava sempre com
artigos para a revista Era Nova,
periódico que circulava na capital do Estado na década de 20. Escrevia,
habitualmente, no jornal A União.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de
junho de 1911.
Obras publicadas: Reflexões de
uma Cabra, 1922; A Paraíba e seus Problemas, 1923; A Bagaceira, 1928; Ministério da Viação no Governo Provisório, 1933; O Ciclo Revolucionário do Ministério da
Viação; O Boqueirão, 1935; Coiteiros, 1935; As Secas do Nordeste,
1953; Ocasos de Sangue, 1954; Sem me Rir, sem Chorar, 1957; Discursos do seu Tempo, 1964; A Palavra e o Tempo, 1965; Ad Immortalitatem (discurso de posse na
APL); O Ano do Nego (memórias), 1968; Quarto Minguante (poesias), 1975; Antes que me Esqueça (memórias), 1976.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
LUNA,
Maria de Lourdes Lemos de. Solidão e
Glória de José Américo, João Pessoa, 1987.
RABELLO, Adylla Rocha. Exposição da obra de José Américo, comemorativa ao centenário do seu
nascimento. 1887-1987, João Pessoa,
Fundação Casa de José Américo, 1987.
CLEANTHO LEITE
FUNDADOR
CLEANTHO
de Paiva LEITE nasceu no dia 24 de março de 1922, filho de João Batista Leite e
Liliosa de Paiva Leite. Faleceu no Rio de Janeiro em 1993, deixando viúva a
senhora Maria Cecília de Paiva Leite.
Formado
em Direito pela Faculdade do Recife, em 1945, no ano seguinte fixou-se no Rio
de Janeiro. Antes, em 1937, ocupara os cargos de Bibliotecário do Estado e
Diretor do DASP; no Recife foi redator do Diário
de Pernambuco. A partir de 1946, já estabelecido na capital da República,
exerceu a direção do DASP e Assessor da Presidência da República, no Governo
JK, de 1955 a 1960; Chefe de Gabinete do Ministro da Viação; Diretor do BNDS e
do BID. Na década de 50 esteve nos Estados Unidos a fim de estudar, retornando
ao Brasil com idéias novas e, motivado pelo sentimento nacionalista, querendo o
melhor para a sua terra, ajudou a criar o Instituto Brasileiro de Administração
Municipal (IBAM) e o Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI).
“Ambas as instituições, IBAM e IBRI, evidenciaram em alto grau a capacidade de
iniciativa de Cleantho ao introduzir resultados conseqüentes do seu engajamento
na ideologia do desenvolvimento e, mais ainda, refletiam a sua sensibilidade
para projetos nacionais e a sua grande vocação executiva”. (Plauto M. Andrade).
Cleantho
foi jornalista, advogado, economista, administrador, poliglota, professor e
articulador político.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 14 de abril de 1940.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANDRADE, Plauto Mesquita. Discurso em homenagem póstuma a Cleantho de
Paiva Leite, realizada no IHGP.
MAIA, Sabiniano. Crônicas e Comentários, João Pessoa,
1960.
Atual
ocupante
JOSÉ
RAFAEL DE MENEZES nasceu no dia 23 de agosto de 1924, em Monteiro, Paraíba,
filho de Alcindo Bezerra de Menezes e Dª. Maria de Paula Menezes, tendo nascido
dessa união os filhos: Raíssa, Teresa Julieta, Bruno e José Rafael.
Rafael
estudou em Monteiro, na escola particular das professoras Dª. Tibúrcia Feitosa
e Dª. Alda Lafayette, freqüentando, depois, o Grupo Escolar “Miguel Santa
Cruz”. Transferindo-se para o Recife, continuou os estudos no Colégio
Salesiano, no Colégio Nóbrega e no Oswaldo Cruz. Tem curso de Literatura e
bacharelado em Geografia e História pela Faculdade de Filosofia Manuel da
Nóbrega e curso de Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do
Recife.
Em 1949,
foi nomeado Promotor Público da Comarca de Monteiro, atuando igualmente no
magistério. Em João Pessoa, lecionou na Universidade Federal da Paraíba como
titular das disciplinas: Didática, Filosofia da Educação e Filosofia da
História; na Universidade Autônoma foi professor de Sociologia do
Desenvolvimento e Psicologia Social. Ainda em João Pessoa, exerceu os cargos de
Diretor do Ensino, Auditor da Justiça Militar, Diretor do Departamento Cultural
da UFPB, além de um mandato de Deputado Estadual.
Fixando-se
no Recife continuou as atividades docentes como professor do ensino médio, de
1944 a 1948, ascendendo logo ao ensino universitário. Lecionou na FAFIRE,
UNICAMP, FIESP, Faculdade de Administração e Faculdade de Direito. Representou
nacionalmente o Estado de Pernambuco em Congressos de Estudantes, Encontros de
Secretários de Educação e, em 1970, foi representante do 1º Congresso da
Campanha de Escolas da Comunidade, da qual é membro fundador, realizado no Rio
de Janeiro. Nas principais capitais do Nordeste, ministrou cursos de extensão
sobre Cinema e vários ramos da Psicologia, Sociologia e da Filosofia. Foi o fundador
do Ginásio de Monteiro, a sua cidade natal.
Iniciou-se
no jornalismo como cronista de cinema, tendo ensinado nos Cursos de Jornalismo
da Universidade Católica de Pernambuco, Recife, e do Colégio Nossa Senhora de
Lourdes, de João Pessoa, onde fundou a Cadeira de Teoria do Cinema. Colaborou
nos jornais: Jornal do Comércio, Diário de Pernambuco, O Diário (Belo Horizonte), O Estado de São Paulo. Em João Pessoa,
colaborou no Correio da Paraíba.
Pertence
à Academia Paraibana de Letras, onde ocupa a Cadeira nº. 25, cujo Patrono é
João Lélis de Luna Freire.
São de
sua autoria: Um homem do bem comum;
Cristianismo e socialização; Caminhos do Cinema; Linha democrática; Psicologia
Social; Conteúdos de Sociologia; Filosofia social; Sociologia da Administração;
Alternâncias; Humanismo Recifense; O filosofar em Luiz Delgado; Paraibanos na
Faculdade de Direito do Recife; O mestre-escola brasileiro; História do Liceu
Paraibano; Humanismo nordestino; Êxodo; A miragem do sul; Política; Reflexões
de um professor universitário; Memória de um pau de arara; Homo Nordestinus; Paraibanos
em distinções na Faculdade de Direito;Estes dias críticos;Das influências com
Tristão de Ataíde; Jackson de Figueiredo;Os colégio católicos e o espírito do
Evangelho;José Américo – um homem de bem; Sociologia do Nordeste;Fundamentos
básicos da Sociologia; A Igreja no movimento do Nordeste; Afirmações e comunicações;Poética;
O compromisso cinecista (Reflexões de um fundador); O poder reflexivo de
Ascendino Leite; Aproximações da obra estética de Evaldo Coutinho; Homo
Nordestinus II; Vasconcelos Sobrinho: o ecológico místico; Maciel Pinheiro;
Três estetas paraibanos; Patriarcas de Alagoa de Monteiro; Perfilados da
geração de 45; Filosofia de vida; A geração de 45; Ensaísmo pernambucano; Costa Porto – um trabalhador
intelectual; Memórias de um escritor; O idílio recifense de Cecília Aurora;
Personalidade intelectual do magistrado; Andrade Bezerra: o erudito gentil;
Aníbal Bruno: professor e escritor; A paixão bibliográfica de Américo de Oliveira Costa; Amizades
bibliográficas; Joacil Pereira; Antologia geral do Jornal Literário de Ascendino
Leite.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 29 de abril de 1994, sendo
saudado pelo historiador José Pedro Nicodemos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo da Academia Paraibana de
Letras e arquivo do IHGP.