Fundado em 7 de setembro de 1905 Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909 CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513 CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba |
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PATRONO: HELIODORO PIRES
FUNDADORA: EUDÉSIA VIEIRA
OCUPANTE: FLÁVIO SÁTIRO
HELIODORO PIRES
PATRONO
HELIODORO de Sousa PIRES (padre)
nasceu na cidade Umbuzeiro, Paraíba, no dia 11 de setembro de 1888 e faleceu em
março de 1971, com 83 anos de idade e 60 de sacerdócio. Era filho de Silvestre
Pires de Azevedo e Ludgera Almeida de Sousa.
Estudou no Seminário do Ceará,
recebendo ordens em 1911, por D. Luis de Brito. Iniciou o sacerdócio em
Cajazeiras, levado por D. Moisés Coelho para instalar a Diocese daquela cidade.
Posteriormente, transferiu-se para o Recife, seguindo dali para os Estados do
Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. No Rio de Janeiro organizou os
vitrais da igreja de São Judas Tadeu, composto dos maiores vultos religiosos
nacionais. Dedicou-se aos estudos e ao trabalho, tornando-se especialista em
literatura católica, estudioso das artes sacras e da história da igreja
brasileira.
Atuou na imprensa do Recife
publicando trabalhos no Jornal do
Comércio e em A Manhã. Admirava o
Padre Rolim, com o qual teve uma rápida convivência quando criança, mesmo
assim, apesar da idade, ficaram lembranças indeléveis na sua memória,
lembranças que o levaram a escrever a biografia daquela inesquecível figura
humanista.
São de sua autoria: Pe. Inácio Rolim, 1ª. Edição publicada
em 1971, em Fortaleza. Em 1991 foi editada uma 2ª. edição atualizada pelo
historiador Deusdedit de Vasconcelos Leitão. Nos Caminhos do Nazareno, 1923; No
Sorriso das Almas, 1925; A Pedagogia
na Áustria e a Obra Admirável de Oto Glockel, 1933; A Poesia na Igreja do Ocidente, 1934; As Educadoras Beneméritas da Colina de Santana, 1934; A Paisagem Espiritual do Brasil no Século
XVIII, 1937; Nas Galerias da Arte e
da História, 1944;Cenas e Perfis dos
Legendários Cristãos Pilatos, Verônica e Plautila, 1958; O Aleijadinho, 1942; Mestre Aleijadinho: Vida e Obra de Antônio
Francisco Lisboa, 1961/ Temas da
História Eclesiástica no Brasil, 1946.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PIRES, Heliodoro. Padre
Mestre Inácio Rolim, um trecho da colonização do Norte brasileiro e Padre
Rolim, 2ª. ed. Teresina, Grupo Claudino, 1991.
Revista do IHGP, vol. 18, João Pessoa.
EUDÉSIA VIEIRA
FUNDADORA
Eudésia Vieira foi a primeira
médica paraibana a conquistar o título de Doutora, defendendo a tese A Síndrome de Schikelé. Nasceu no dia 8
de abril de 1894 no povoado Nossa Senhora do Livramento, município de Santa
Rita. Filha de Pedro Celestino Vieira e Rita Filomena Carvalho Vieira; casou-se
em 1917 com José Taciano da Fonseca Jardim, nascendo desse casamento 14 filhos,
dos quais apenas cinco sobreviveram. João Batista, Leôncio, Marcília Celeste e
Maria do Brasil. Faleceu em João Pessoa no dia 16 de julho de 1981.
Estudou o primário na escola
particular de D. Isabel Cavalcanti
Monteiro; diplomou-se professora na Escola Normal do Estado, em 1911, tendo
sido a oradora da turma. Iniciou a carreira do magistério dando aulas
particulares; somente em 1915, através de concurso público, ingressou no
magistério oficial. Foi designada para ministrar aulas em Serraria, mais tarde
transferiu-separa Santa Rita e, finalmente, para a capital do Estado.
Em 1917, já casada, decidiu ser
médica. Contrariando a vontade do marido e enfrentando todos os obstáculos e
preconceitos da época, preparou-se e submeteu-se às provas da Faculdade de
Medicina do Recife e, em 1934, teve o orgulho de ser a única mulher numa turma
de homens a receber o grau de Doutora. Aqui em João Pessoa, instalou um
consultório em sua residência, à Rua Duque de Caxias, e passou a atender e a
dedicar-se à sua clientela, fazendo da medicina o seu apostolado. Foi
Assistente Social da Penitenciária Modelo, sendo muita amada pelos
presidiários.
Professora, médica, jornalista e
poetisa, ingressou no Instituto em 3 de junho de 1922.
Como professora se preocupou
muito com a qualidade do livro didático adotado nas escolas primárias e, com
muito sacrifício, conseguiu elaborar e editar dois livros e adotá-los nas
escolas oficiais do Estado.
Como médica, dedicou-se com
extremado desvelo às clientes, orientando-as, principalmente na questão
pré-natal, numa época em que este exame era totalmente desconhecido pela
maioria das mulheres; como escritora, jornalista e poetisa foi muito atuante.
Colaborava na revista Era Nova, nos
jornais O Norte, A União, A Imprensa, A Gazeta do Recife e em o Nonevar, jornal da Festa das Neves. Seu
primeiro poema foi publicado quando tinha 14 anos. Realizou muitas
conferências, as quais, posteriormente, foram enfeixadas em livro. Em 1974, foi
convidada para ocupar a Cadeira nº. 20 da Academia Brasileira de Letras,
patroneada por Alberto Torres; infelizmente, por motivo de saúde, não aceitou o
convite.
Eudésia Vieira considera fato
marcante de sua vida a conversão ao catolicismo. Depois desse acontecimento
tornou-se devota de Nossa Senhora de Fátima, a quem atribuiu o milagre de seu
salvamento, em 1943, quando o navio em que viajava do Rio de Janeiro para João
Pessoa foi torpedeado por um submarino alemão nas costas da Bahia. Em 1974,
recebeu o título de Cidadã Benemérita da Paraíba e, quando faleceu, foi
homenageada com o seu nome dado a uma das ruas do Bairro dos Estados.
Deixou publicados os livros: Terra dos Tabajaras (livro didático); Pontos de História da Paraíba
(didático); Cerne Contorcido e Cirros e Nimbos (poesias); Mistério de Fátima; Conferência; Dois Episódios
de uma Vida; A Minha Conversão e D.
Ulrico Sonntag; Poema do Sentenciado;
Síndrome do Schikelé (tese de
doutorado); O Torpedeamento do Afonso
Pena.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
OLIVEIRA, Anice de Brto Lira. Biografia de Eudésia Vieira – trabalho datilografado, apresentado
na Academia Paraibana de Letras durante o I Círculo de Autores Paraibanos,
1986.
PORDEUS, Teresinha Ramalho. História da Paraíba na sala de aula. Editora Universitária, 2º.
ed., 1978.
Atual
ocupante
FLÁVIO SÁTIRO Fernandes nasceu
em Patos a 13 de janeiro de 1942, filho de Sebastião Fernandes e Emília Sátiro
Fernandes. Casado com Eliane Dutra Sátiro Fernandes, tem os filhos Flávio
Sátiro Fernandes Filho (advogado), Roberto, Dario e Érico, e os netos Flávio
Neto, Danielle e Caio
Fez os estudos primários e
ginasiais na cidade natal, transferindo-se, em seguida, para o Recife, onde se
matriculou no Colégio Padre Félix, para cursar os estudos colegiais. Em 1960
ingressou na Faculdade de Direito do Recife, por onde se graduou em 1964.
Voltando a Patos, passou a
exercer a advocacia, tendo sido nomeado Advogado de Ofício daquela Comarca.
Ainda em Patos, fundou, em 1969, juntamente com José Gomes Alves, a Faculdade
de Ciências Econômicas, da qual foi o primeiro diretor. Lecionou, também, na
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e foi o primeiro Diretor da Escola de
Agronomia e Medicina Veterinária de Patos, que daria lugar à criação do atual
Campus VI da Universidade Federal da Paraíba.
Em janeiro de 1974 é nomeado
membro do Conselho Estadual de Educação e em maio do mesmo ano assumiu a
Secretaria do Interior e Justiça do Estado. Deixando este cargo em março do ano
seguinte, passou a exercer o de Procurador Geral do Tribunal de Contas do Estado,
até setembro de 1975, quando é nomeado Conselheiro daquela Corte. No Tribunal
de Contas exerceu diferentes funções, tendo sido seu Presidente em três
períodos e atualmente é Corregedor.
Em 1977, ingressou na
Universidade Federal da Paraíba como Professor Colaborador, passando, em
seguida, às categorias de Professor Assistente e Professor Adjunto. Na UFPB
exerceu os cargos de membro da Câmara Departamental, do Departamento de Direito
Público; representante (suplente) do Centro de Ciências Sociais Aplicadas
(CCSA) junto ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e do
CONSUNI.
Tem curso de Especialização em
Direito e em Metodologia do Ensino Superior; curso de Mestrado em Filosofia,
pela Universidade Federal da Paraíba e curso de Doutorado pela Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo (Largo do São Francisco).
Membro de diferentes
instituições culturais, pertence, entre outras, ao Instituto Brasileiro de
Direito Constitucional (São Paulo), Associação Brasileira dos Constitucionalistas
– Instituto Pimenta Bueno (São Paulo), Academia Paraibana de Letras, Instituto
Brasileiro de Genealogia (São Paulo), Instituto Paraibano de Genealogia e
Heráldica.
Ingressou no IHGP no dia 14 de
dezembro de 1980, pronunciando discurso sob o título Sinopse da História Constitucional da Paraíba; foi saudado pelo
historiador Deusdedit de Vasconcelos Leitão. Recebeu a Medalha do Mérito
Cultural “José Maria dos Santos” do IHGP.
É autor de diversos livros, não
só de cunho jurídico (Conheça a
Constituição, Aspectos do Direito
Público, Manual do Prefeito e do
Vereador, O Poder da Reforma
Constitucional) e outros estudos, mas também de natureza literária, dentre
os quais se destacam dois romances (Festa
de Setembro e Cruz da Menina) e
um de poesias (Geografia do Corpo).
Publicou em 1985 um trabalho sobre os constituintes e constituições paraibanas,
intitulado História Constitucional da
Paraíba. São também de sua autoria as plaquetas Augusto dos Anjos e a Escola do Recife, Dos crimes licitatórios e Prestação
de contas – instrumento de transparência da Administração. No ano 2000,
publicou Ernani Sátiro, na Coleção
PARAÍBA NOMES DO SÉCULO, editado pela A
União e Subsídios para a História do
Ginásio Diocesano de Patos.
REFERÊNCIA BIBLOGRÁFICA: Currículo do autor.
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PATRONO: ELPÍDIO DE ALMEIDA
FUNDADOR: ANTÔNIO D’ÁVILA LINS
1º. OCUPANTE: FERNANDO MELO
2º. OCUPANTE: EVANDRO DANTAS DA
NÓBREGA
ELPÍDIO ALMEIDA
PATRONO
ELPÍDIO Josué de ALMEIDA nasceu
no dia 1º de setembro de 1893, na cidade de Areia, Paraíba, filho de Rufino
Augusto de Almeida e Adelaide Jacunda de Almeida; casado com D. Adalgisa de
Almeida, tendo nascido dessa união quatro filhos: Orlando Augusto, Humberto
César, Antônio Américo e Elza Maria. Faleceu no dia 26 de março de 1971.
Estudou no Colégio Diocesano Pio
X, na capital do Estado, e formou-se em Medicina, no ano de 1918, pela
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, doutorando-se no ano seguinte, defendendo
a tese Contribuição ao estudo do
Schistossomose Mansônica. Em 1921 foi nomeado Inspetor Sanitário Rural da
Paraíba pelo Dr. Carlos Chagas, função que exerceu até 1923, quando foi
designado, pelo Governador do Estado, para reorganizar o Centro de Saúde de
Campina Grande. Durante 22 anos, Elpídio Almeida desempenhou as atividades de
médico e de Inspetor do Ensino Estadual e Federal.
Em 1947, ingressou na política,
elegendo-se prefeito de Campina Grande, quando teve a oportunidade de construir
a Maternidade daquela cidade, realizando seu sonho de médico. Além da
Maternidade, que hoje tem seu nome numa homenagem do povo campinense, ele criou
a Liga Campinense contra a Tuberculose. Foi fundador do primeiro Posto de
Puericultura do Estado e um dos fundadores da Sociedade Médica de Campina
Grande; em 1950, foi eleito Deputado Estadual e, em 1964, presidiu a Comissão
Cultural do Centenário de Campina Grande.
Afora a tese de doutorado,
Elpídio Almeida publicou: Pedro Américo –
seu Torrão Natal (discurso); Areia e
a Abolição da Escravatura – o Apostolado de Manuel da Silva; D. Pedro II na Paraíba; Coletânea de Autores Campinenses; Primeiros Versos do Professor Odilon Nestor;
Reminiscências I – Francisco de Castro;
Reminiscências II – Miguel Couto; O Ensino na Paraíba no Período Colonial;
A Ação dos Jesuítas; Pe. Gabriel Malagrida – Algumas Notificações
Históricas; Epitácio em Campina; A Viagem de um Cronista no Sertão do Século
Passado; Um Mestre de Campo Esquecido;
História de Campina Grande.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
NASCIMENTO, Fernando Melo. Discurso de posse na Cadeira nº. 5, do IHGP.
VASCONCELOS, Amaury. Elpídio,
o intelectual.
ANTÔNIO D’ÁVILA LINS
FUNDADOR
ANTÔNIO D’ÁVILA LINS nasceu na cidade de Areia, Paraíba, no dia
16 de junho de 1903, filho do casal Remígio Veríssimo D’Ávila Lins e Miquelina
Olindina D’Ávila Lins; em 1931, casou-se com a senhora Helena da Silveira
d’Ávila Lins, nascendo dessa união os filhos: Cláudio, Luís Antônio, Guilherme
e Antônio Filho.
Fez os primeiros estudos em
Areia, transferindo-se para a capital do Estado, onde concluiu o curso primário
com a professora Francisca Moura. Em 1918, fez os preparatórios no Liceu
Paraibano, aos 15 anos, e no ano seguinte já era aluno da Faculdade de Medicina
do Rio de Janeiro; em 1921, ainda estudante, foi designado para prestar
serviços no Hospital Central do Exército. Ficou aí até 1924, quando terminou o
curso de Medicina, sonho acalentado desde a infância. Como estudante,
participou da Revolução de São Paulo como Oficial Médico comissionado, passando
18 dias em atividade, atendendo aos civis e militares feridos que chegavam das
frentes de combate.
Depois de formado, voltou à
cidade natal, em visita aos pais, retornando em seguida para São Paulo,
radicando-se em Araraquara. Voltando, novamente, à Paraíba, passou a exercer o
cargo de médico da Assistência Pública, nomeado pelo prefeito da Capital, Dr.
João Maurício de Medeiros. Nessa função, com o apoio do seu irmão, engenheiro
José D’Ávila Lins, prefeito da Capital, construiu o Hospital do Pronto Socorro.
Em seguida, foi nomeado cirurgião chefe da Assistência Pública, instalando e
dirigindo por muitos anos o primeiro serviço de traumatologia do Estado.
Em 1954, ingressou na política.
Elegeu-se Deputado Estadual em 3 de outubro de 1954, terminando o mandato em 31
de janeiro de 1960. Nesse período, chegou a ser vice-presidente e presidente da
Assembléia Legislativa; destacou-se como parlamentar através dos seus discursos
pronunciados em favor dos interesses da população, principalmente aos relacionados
à agricultura, educação, estradas e ao cultivo da cana de açúcar.
Outros cargos exercidos por
Antônio D’Ávila Lins: médico da Empresa de Tração, Luz e Força da Paraíba;
médico da Caixa de Serviços Públicos Oficiais da Paraíba; médico do Banco do
Brasil; fundador da Faculdade de Medicina da Paraíba; Diretor do Hospital Santa
Isabel; Diretor da Colônia Juliano Moreira; Diretor do Orfanato D. Ulrico;
Diretor da Casa de Saúde e Maternidade São Vicente de Paula.
Na política exerceu a
Presidência do Diretório Regional do antigo Partido Republicano: foi deputado
estadual por três legislaturas e prefeito interino da Capital.
Ingressou no Instituto Histórico
e Geográfico Paraibano em 20 de março de 1932.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MAIA, Benedito. Prefeitos
de João Pessoa. A União, 1985.
NASCIMENTO, Fernando Melo do. Discurso de posse na Cadeira nº. 5, no IHGP.
FERNANDO MELO
1º.
OCUPANTE
FERNANDO MELO do Nascimento
nasceu em João Pessoa no dia 22 de outubro de 1918, filho de Manuel Roberto do
Nascimento e Olga Melo do Nascimento. Faleceu em João Pessoa a 03 de julho de
2002. Era casado com D. Dolores Melo, de cujo consórcio deixou os seguintes
filhos: Maria de Fátima (Assistente Social), Ana Maria (Farmacêutica), Maria
Helena (Agrônoma) e Alberto Vinícius (Engenheiro).
Fez seus estudos primários e
secundários nesta Capital e o curso superior em Areia, onde se formou como
engenheiro-agrônomo pela Escola de Agronomia do Nordeste, em 1941. Em 1958, fez
doutorado em Agricultura e Genética Especializadas na Escola Nacional do
Brasil, no Rio de Janeiro e, em 1979, doutorou-se em Agricultura Especial pela Escola Superior de Agricultura da
Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Logo após sua formatura, em
1941, exerceu a profissão na Usina Gravatá e no ano seguinte na Usina Santo
Inácio, ambas em Pernambuco.
Em 1945, através de concurso,
foi nomeado para o quadro permanente de Agrônomos do Ministério da
Agricultura; em 1956, chefiou a Estação
Experimental do Seridó (RN), e depois a Estação Experimental de Alagoinha, na
Paraíba.
Na esfera federal, ocupou, por
diversas ocasiões, cargos importantes na sua especialidade, dentre os quais
destacamos os de Assessor da Delegacia Federal da Agricultura, Delegado Federal
da Agricultura, em 1963 e Chefe do Laboratório de Fibras do Ministério da
Agricultura, em 1955.
Exerceu o magistério superior,
lecionando na Universidade Federal da Paraíba, onde, por seu desempenho, logrou
ser homenageado com o título de Professor Emérito.
Afora os cursos de graduação e
doutorado, ele possuía, ainda, certificados de Curso de Política Agrícola da
Faculdade de Ciências Econômicas da Paraíba e de Mangement Center of Brazil,
1965.
Estudioso da agricultura,
Fernando Melo é autor de vários trabalhos técnicos e científicos sobre o
cultivo do algodão, sendo considerado, internacionalmente, como um dos mais
versados sobre o algodão mocó.
Pertenceu ao Rotary Club de João
Pessoa-Norte desde 1965, clube do qual foi Presidente em 1971/72 e era
distinguido como “Companheiro Paul
Harris”.
Prêmios e Comendas recebidos:
”Moinho Recife”, 1967; “Cidade de Orós”, 1966; Medalha do Mérito do Estado de
Pernambuco, 1968. Medalha Marechal Rondon, da Sociedade Brasileira de
Geografia, São Paulo,1967; Medalha de Bronze – 10 anos, da SUDENE, 1969;
Medalha do Mérito Agrícola “Delmiro Maia”, 1983; Comenda do Mérito Cultural
“José Maria dos Santos”, do IHGP.
Além de numerosas conferências,
Fernando Melo deixou vários trabalhos técnicos publicados, dentre os quais: Aspectos do Problema Florestal do Nordeste
Brasileiro, A União, 1944; Cultura do
Algodoeiro Mocó, Ministério da Agricultura, 1952; Problemas do Algodoeiro e do Algodão do Nordeste Brasileiro, Cepal,
1959; Polinômio Agrário do Nordeste Seco
(co-autor, 1965); Estudo Comparativo da
Produção Média em Plantas Cultivadas na Paraíba – 1953-62, João Pessoa,
1966; Evolução Numérica comparada no
Corpo Docente e Ensino Superior da Paraíba, 1980-1971; Cupim de Aço, Recife, Bargaço, 1998.
Ingressou no Instituto Histórico
em 24 de maio de 1985, sendo saudado pelo agrônomo Lauro Pires Xavier.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivos do IHGP e Currículo vitae do associado.
Atual
ocupante
EVANDRO Dantas da NÓBREGA nasceu
em 15 de janeiro de 1946, no município de São Mamede, Paraíba, filho de
Fernando Fernandes da Nóbrega e Luzia Dantas da Nóbrega. É casado em segundas
núpcias com Verônica Lúcia Nóbrega, e tem os seguintes filhos: Vladimir,
Manuela, Dimitri e Mislav.
Cursou o primário e o ginasial
no Colégio Diocesano de Patos, sendo o orador da turma de 1962. Em João Pessoa,
em 1967, concluiu o curso colegial no Liceu Paraibano. No ano seguinte fez o
vestibular para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI), da UFPB,
atual Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), onde estudou Letras
Vernáculas, Lingüística e Língua italiana.
Desde sua adolescência sentiu-se
atraído para o Jornalismo, chegando a fundar, em Patos, a Associação
Jornalística Ginasial (AJORNAL), espécie de Grêmio Literário Recreativo que congregava
os alunos do Colégio Diocesano de Patos. Naquela cidade tornou-se editor do
jornal (tablóide) A Voz do Estudante.
Em 1963, aos 17 anos de idade,
ingressou como Redator no jornal O Norte,
em João Pessoa, dando início à sua dinâmica trajetória jornalística, podendo
comemorar mais de 40 anos de intensa atividade nessa área.
Por conta dessa atividade ocupou
várias funções, tornando-se Assessor e Diretor da Imprensa Universitária
(1970/72), tendo criado a Revista Universitária CAMPUS. Na UFPB criou a Sala de
Imprensa, a qual foi por ele dirigida até 1979, quando a UFPB o contratou como
Técnico de Nível Superior em Comunicação Social da Prefeitura do Campus I, João
Pessoa, onde permaneceu por dois anos sem prejuízo das tarefas como Assessor de
Imprensa da UFPB.
Por concurso público, ingressou
no Tribunal Regional Eleitoral.
De atividade multifacetada, ora
nos jornais O Norte e A União, ora na UFPB, nos Poderes
Executivo e Legislativo, e em uma infinidade de órgãos estaduais, exerceu com
probidade e competência sua profissão de jornalista.
Escritor, pesquisador, tradutor
de mais de uma dezena de idiomas, editor técnico e literário, foi membro do
Conselho Estadual de Cultura e Assessor Especial de Comunicação da Câmara de
Comércio e Indústria Brasil-China e Diretor de Comunicação da Sociedade
Paraibana de Usuários de Produtos para Computador e Telecomunicações.
Trabalhos de sua autoria: Os
Incríveis Arquivos do Dr. Humberto Nóbrega, 1981; A Glândula Pineal do Urubu, 1994; Monsenhor Manuel Vieira, na Coleção “Nomes do Século”, A União, 2000; Traduzindo Li Bay & Du Fu – Século VIII – Dinastia Tang (em
chinês e português), 2001; Aprenda Árabe
Clássico com Letras Ocidentais, em português e árabe, em co-autoria com
Rida Abdul Nabi Mourtada, 2002; Chinês de
Emergência para Viagens, 2004; Para
sempre Odilon, no prelo; Noventa Anos
do Comendador Renato, com a história da família Ribeiro Coutinho desde
meados do século XIX, no prelo.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Currículo
do associado e Revista do IHGP.
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PATRONO: ANÍBAL MOURA
FUNDADORA: BEATRIZ RIBEIRO
ANÍBAL MOURA
PATRONO
ANÍBAL Victor de Lima e MOURA nasceu no dia 22 de outubro de 1893, na
cidade de Guarabira, Paraíba. Era filho do casal Francisco Claudino de Lima e
Moura e D. Antônia Baptista de Lima e Moura. Era casado com a professora
Severina Almeida de Lima e Moura, tendo nascido dessa união os filhos Maria
Ivone, Maria Idalba, Maria do Céu, Francisco Hugo, Aníbal Filho e Arthur
Hermano. Faleceu aos 67 anos, no dia 12 de janeiro de 1963.
Por influência do seu pai, que era médico e queria vê-lo como o seu
sucessor nessa carreira, mesmo sem vocação, matriculou-se na Faculdade de
Medicina da Bahia, desistindo logo no início assim que começou a presenciar o
dissecamento dos primeiros cadáveres. Voltou à Paraíba e, logo depois, seguiu
para o Recife a fim de matricular-se na Faculdade de Direito, de onde saiu
bacharel em 1931. Não seguiu, porém, a carreira jurídica. A sua vocação era o
magistério, profissão a que se dedicou até morrer. Conforme depoimento de sua
filha Maria Idalba Santa Cruz “ele gostava de ser chamado de o professor Aníbal
Moura e morreu pobre como todo professor”.
Os alunos que desejavam ingressar no Liceu Paraibano procuravam o
curso preparatório que o professor Aníbal Moura mantinha em sua residência, que
logo se tornou conhecido pela eficiência demonstrada através da aprovação dos
seus discípulos.
Em 1934, passou a ser professor do Liceu Paraibano, aprovado em
concurso público. Lecionava a disciplina História da Civilização.
Em 1935, fundou em Tambiá, juntamente com o seu cunhado, o Colégio
Carneiro Leão que, devido à evasão de alunos para o Liceu, deixou de funcionar
em 1939. Sendo considerado ateu, sofreu fortes pressões religiosas, tendo esse
fato contribuído bastante para o fechamento daquele colégio.
Foi professor de Matemática da Academia do Comércio “Epitácio Pessoa”
e professor fundador da Universidade Federal da Paraíba. Lecionou na Faculdade
de Ciências Econômicas as seguintes disciplinas: Complementos de Matemática,
Economia Política, Valor e Formação de Preços, Instituições de Direito Público
e Filosofia do Direito; na Faculdade de Filosofia lecionou História Moderna e
Contemporânea, História da Antiguidade e Idade Média; na Faculdade de Direito,
ensinou Teoria Geral do Estado.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 28 de julho
de 1946.
Sua tese As Lutas de Classe em
Roma foi publicada pela A Imprensa,
em 1934, sendo lançada uma edição especial pelo Conselho Estadual de Cultura,
em novembro de 1995.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Dados
biográficos fornecidos por Dª. Maria Idalba Santa Cruz, filha do biografado.
Arquivo
do IHGP.
FUNDADORA
BEATRIZ
RIBEIRO da Silva nasceu em 30 de junho de 1915, filha de Salustino Ribeiro da
Silva e Alexandrina Celina da Silva.
Os que a conheceram na década de 40 consideravam-na uma mulher
insinuante, invulgar, independente, participando dos saraus literários mais
freqüentados pelos intelectuais masculinos da época, onde discursava e recitava
seus poemas.
Poetisa, escrevia com
freqüência no jornal A União
dos anos 30, tendo números artigos publicados na revista Era Nova e na Revista Ilustração, da qual era redatora.
Com problemas de saúde deixou de comparecer às sessões do Instituto,
levando o Presidente Clóvis Lima a sugerir sua transferência para a categoria
de sócia correspondente, ao que Beatriz se recusou. Por conta desse
aborrecimento, agravado com seu estado de saúde, e sem condições de continuar
sua atividade cultural e literária, solicitou do Instituto renúncia da cadeira
que ocupava, dizendo “a vaga será preenchida com certeza por um dos que, fora
do Instituto, se distingue nas realizações e esforços pelos ideais comuns, em
harmonia com os que já integram seu quadro social, de merecido renome”.
O IHGP, por falta de amparo estatutário, não acolheu o pedido de
renúncia da consócia, mantendo-a no quadro social, até, naturalmente, a cadeira
ser declarada vaga.
Seu paradeiro é desconhecido, não obstante o empenho de a Diretoria
procurar localizá-la. Seu último endereço registrado é a Rua Alice Azevedo, nº.
46, no centro da cidade, de onde têm voltado as correspondências que lhe são
remetidas.
Há cerca de três anos nossa servidora Leonilda Góes Diniz encontrou-a
nas dependências do Banco do Brasil, tendo ela se recusado a qualquer diálogo.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo
do IHGP.
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CADEIRA Nº. 07
PATRONO:
CORIOLANO DE MEDEIROS
FUNDADOR:
OCTACÍLIO QUEIROZ
OCUPANTE:
GUILHERME D’AVILA LINS
CORIOLANO DE MEDEIROS
FUNDADOR
João Rodrigues CORIOLANO DE MEDEIROS nasceu no dia 30 de novembro de
1875, no sítio Várzea das Ovelhas, município de Patos, Paraíba. Era filho de
Aquilino Coriolano de Medeiros e Joana Maria da Conceição; faleceu em João
Pessoa no dia 25 de abril de 1974, em sua residência, à Rua do Sertão, 232.
O ano de 1877 foi castigado pela terrível seca que, frequentemente,
assolava os sertões nordestinos, obrigando as famílias mais pobres e
abandonarem a região em busca de trabalho em outras plagas. A família de
Coriolano não fugiu à regra. Seus pais deixaram o sertão e fixaram-se na
capital do Estado. Pouco tempo depois seu pai faleceu, desfazendo o sonho do
menino Coriolano que, sentindo a responsabilidade de ajudar a mãe, trocou os
estudos pelo trabalho.
Ainda freqüentou o Liceu Paraibano, concluindo os preparatórios em
1891, tendo ingressado na Faculdade de Direito do Recife, freqüentando-a até o
3º ano. A necessidade obrigou-o a procurar emprego. Trabalhou no comércio e,
depois, como funcionário dos Correios e Telégrafos, de 1889 a 1900. Em 1905,
casou-se com a pianista Eulina Medeiros, retornou ao comércio, a princípio como
caixeiro da Tabacaria Peixoto e mais tarde com o seu próprio estabelecimento.
Durante muitos anos Coriolano manteve-se como professor particular,
depois foi nomeado Escriturário da Escola de Aprendizes Artífices (Escola
Técnica Federal, hoje CEFET), chegando a exercer sua direção, em 1922,
aposentando-se nesse cargo.
Sensível às letras e às artes, colaborava nos jornais A Imprensa e o Comércio. Fundou a Academia Paraibana de Letras. Era sócio fundador
do Centro Literário Paraibano; membro da Associação dos Homens de Letras (sociedade
acadêmica com 30 membros efetivos, criada por sugestão do Presidente Camilo de
Holanda); fundador do Gabinete de Estudos de Geografia e História da Paraíba;
sócio correspondente dos Institutos Históricos e Geográficos de Sergipe e de
São Paulo; membro do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Era detentor
da Medalha DEODORO DA FONSECA
Professor, poeta, jornalista e romancista, Coriolano de Medeiros está
na lista dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, criado a
7 de setembro de 1905, tendo ocupado vários cargos de sua Diretoria, inclusive
a Presidência quando foi eleito para o período 1937/38, embora tenha renunciado
na metade do mandato.
São de sua autoria: Dicionário
Corográfico do Estado da Paraíba, 1944; Do
Litoral ao Sertão, 1917; O Tesouro da
Cega, 1922; Mestres que se foram,
1925; O Barracão, 1930; Manaíra, 1936; A Evolução Social e a História de Patos, 1941; Sampaio, 1955.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS>
LEITÃO,
Deusdedit de Vasconcelos. Coriolano de
Medeiros – presença da Paraíba em sua bibliografia, Oficinas Gráficas da
Escola Industrial da Paraíba, 1966.
MARTINS,
Eduardo. Coriolano de Medeiros – Notícia
Bibliográfica, A União, 1975.
NÓBREGA,
Humberto. Coriolano de Medeiros – notas
para a sua biografia, in Revista do IHGP, vol. 22, 1979.
OCTACÍLIO QUEIROZ
FUNDADOR
OCTACÍLIO Nóbrega de QUEIROZ nasceu em São José de Espinharas,
Paraíba, no dia 31 de agosto de 1913, filho de Bertino Eudócio de Medeiros
Queiroz e D. Emerentina Nóbrega de Queiroz. Era casado com D. Dirce Wanderley
da Nóbrega. Faleceu aos 85 anos, em Brasília, no dia 28 de setembro de 1998.
Fez o curso primário em Patos, com a professora Maria Nunes de
Figueiredo e Dr. Alfredo Lustosa Cabral. Iniciou o curso ginasial no Instituto
Ginasial de Patos, transferindo-se depois para o Instituto São José, do
professor Anésio Leão. Após concluir o ginasial no Liceu Paraibano, já na
capital, em 1935, fez o curso Pré-Jurídico, em 1936, no Ginásio Pernambucano do
Recife e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de
Direito do Recife. Posteriormente, realizou curso do Conselho Nacional de
Economia, no Rio de Janeiro, quando foi aluno do Ministro Mário Henrique
Simonsen.
Dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Lecionou em Patos, no Ginásio
do professor Anésio Leão e no Liceu Paraibano, em João Pessoa; foi professor de
Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia da Universidade Estadual da
Paraíba; professor titular de Introdução à Economia Política; Diretor do
Departamento Cultural da UFPB, na gestão do Reitor Mário Moacyr Porto. Atuou
como crítico literário e analista de problemas sócio-econômicos do Nordeste,
especialmente da Paraíba.
Como jornalista, foi redator do Diário
de Pernambuco, de 1936 a 1940; colaborou nos jornais O Norte, Correio da Paraíba
(João Pessoa); Jornal do Comércio
(Recife); Correio da Manhã (Rio de
Janeiro); Correio Braziliense e Jornal de Brasília (Distrito Federal);
dirigiu por duas vezes o jornal A União,
órgão oficial do Estado; repórter dos Diários Associados; correspondente da United Press, durante a II Guerra
Mundial; repórter da primeira e a mais ampla reportagem sobre o ouro nos
sertões da Paraíba, publicado no Diário
de Pernambuco, em 1939. Quando estudante, Octacílio Queiroz fundou e
dirigiu O Reflexo, jornal estudantil,
no Liceu e colaborou na revista Luta,
também no Liceu Paraibano.
Na política, Octacílio Queiroz também teve uma atuação profícua e
brilhante, tanto na área estadual como na federal. Foi eleito Deputado Federal
em duas legislaturas, participando da Constituinte de 1947; apresentou os
projetos da criação dos municípios de Malta e de São José de Espinharas. De
1975 a 1983, atuou como Deputado Federal, tendo participação ativa como
Vice-Presidente da Comissão de Ciências e Tecnologia; integrou, como membro, a
Delegação Parlamentar da Câmara dos Deputados à União Soviética, em 1981, e à
República Popular da China, em 1982. Participou, ainda, de outras atividades
parlamentares, incluindo viagens a Europa, Japão, China e Índia.
Preocupado com os problemas que sempre afligiram o Nordeste, o
deputado Octacílio Queiroz destacou-se
na Câmara Federal pelos seus pronunciamentos, suas propostas e pelos projetos
apresentados em favor dessa região. Tinha como objetivo solucionar o problema
das estiagens e lutava para que o homem do sertão usufruísse, da melhor
maneira, dos recursos hídricos e das terras localizadas na bacia do Rio
Espinharas; queria o desenvolvimento dos pequenos municípios e defendia os
Direitos Humanos. Deve-se a este parlamentar
a instalação do Tribunal Regional do Trabalho na Paraíba. Foi membro
titular da CPI da SUDENE.
Octacílio de Queiroz era sócio honorário da Associação dos Servidores
do Estado da Paraíba – ASPEP; Professor Emérito da Universidade Federal da
Paraíba; membro da Ordem dos Advogados – Seção da Paraíba; membro da Associação
Paraibana de Imprensa.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 28 de maio
de 1944, sendo saudado pela professora Olivina Olívia Carneiro da Cunha.
São de sua autoria: O Eclipse
Solar de 1940 e Ouro nos Sertões da
Paraíba, reportagens, 1939; Cardeal
Mindsenty e o espírito anti-religioso, discurso; O Homem Gordo de Tauá, biografia de José Rodrigues de Carvalho,
premiado pela UFPB; prefácio do livro Dez
Anos no Amazonas, do professor Alfredo Lustoza Cabral. Publicou artigos
literários sobre Carlos Dias Fernandes, Celso Mariz, Alírio
Wanderley, Eduardo Martins, entre outros. Entre suas publicações parlamentares
destacam-se Nordeste e Energia Solar;
De um e outros Juizes; Weber e a Política Nacional; Voz em Plenário; Nomes, Política e Debates; Falando
pelo Povo; Código de Águas e outros
dizeres; A Federação e outros temas.
Na Revista do Instituto publicou importantes trabalhos,
salientando-se: O Arauto do grande Rei,
Revista 11; em resposta às dúvidas levantadas por Mário Melo e outros autores,
publicou Da Paraíba o naturalista Arruda
Câmara, Revista 13; História e
Etnologia do Meio Nordestino e Em
defesa das árvores, Revista 14; Documentos
para a História da Paraíba, Revistas 19 e 20; Literatura Nordestina de ontem, Revista 25; O
Semi-árido em pulsações euclidianas,
Revista 26; e Chateaubriand – Político no interior da
Paraíba, Revista 29.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ elaborado pelo
associado.
Arquivo do
IHGP.
Atual
ocupante
GUILHERME Gomes da Silveira D’AVILA LINS nasceu na capital da Paraíba
em 26 de novembro de 1941, filho do Dr. Antônio d’Ávila Lins e de D. Helena da
Silveira d’Ávila Lins. É casado com a Dra. Rita Maria Cury d’Avila Lins, médica
psicanalista, e seu único filho Eduardo Cury é bacharel em Comunicação Social
pela Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo.
Seus estudos primários foram feitos com a professora Camerina Bezerra
Cavalcanti e Francisca de Ascensão Camarão da Cunha. No Colégio Pio X concluiu
o curso ginasial. Cursou a primeira série do curso científico no Liceu
Paraibano e as demais séries no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Cursou
Medicina na Universidade Federal da Paraíba, onde se formou em 1968.
Fez vários cursos de pós-graduação em gastroenterologia em nível de
mestrado e doutorado, em São Paulo. Participou de inúmeros cursos de extensão
universitária, simpósios, conferências, etc. Seu vasto currículo na área de
Medicina registra a apresentação de várias teses e trabalhos publicados em
revistas científicas do país.
Exerceu a medicina em São Paulo, por vários anos, e, retornando a João
Pessoa, lecionou na Universidade Federal da Paraíba, tendo ocupado várias chefias
no Hospital Universitário, onde prestou serviço até a sua aposentadoria.
Na área de História, é um estudioso do período colonial da Paraíba,
com mais de 30 anos de pesquisa nesse setor.
Entre as várias publicações de sua autoria, podemos citar; O Centenário do Dr. José D’Avila Lins; Levantamento
das Publicações dos Diálogos da Grandeza do Brasil, com algumas notas sobre o
mais provável autor; João Afonso
Pamplona – A instituição do nome que foi o primeiro proprietário de terra da
Capitania da Paraíba; Dr. Guilherme
Gomes da Silveira – Nótula Genealógica e Biográfica; O Fracasso Holandês na Capitania da Paraíba em 1631; Revisão e Retificação dos sucessivos nomes
oficiais da Capital da Paraíba ao longo do tempo; Página da História da Paraíba, no qual faz um estudo profundo sobre
a fundação dos dois primeiros engenhos da Paraíba.
Tem ainda a publicar vários trabalhos, destacando-se Gravetos de História, um alentado estudo
sobre o Sumário das Armadas, em três
volumes.
É membro da Academia Paraibana de Medicina e de outras associações
congêneres, com vários trabalhos publicados na área de Medicina; sócio efetivo
do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, do qual foi Presidente; sócio
correspondente dos Institutos Históricos de São Paulo, Rio Grande do Norte e de
Campina Grande.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 9 de
julho de 1999, sendo saudado pelo acadêmico Joacil de Britto Pereira.
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CADEIRA Nº. 08
PATRONO: LOPO CURADO GARRO
FUNDADOR: JOÃO SANTOS COELHO FILHO
OCUPANTE: MARCUS ODILON
LOPO CURADO GARRO
FUNDADOR
São escassas as fontes informativas sobre este paraibano ilustre,
cunhado do bravo Vidal de Negreiros e Governador da Província da Paraíba
durante o domínio holandês. As poucas referências que temos sobre Lopo nos são
fornecidas pelo pesquisador Eduardo Martins, em trabalho inserido no livro Capítulos de História da Paraíba,
organizado pelo historiador José Octávio de Arruda Mello, do qual transcrevemos
alguns trechos:
“O autor (Lopo Curado Garro) fora escolhido por
João Fernandes Vieira, entre os homens nobres, fiéis e destemidos da paróquia,
recebendo a patente de capitão, depois elevado a de Governador da Restauração e
da capitania da Paraíba, juntamente com Jerônimo de Cadena e Francisco Gomes
Moniz, ‘em todo tempo que se fez guerra ao inimigo olandez pela liberdade Divina, e também na
retirada’, triunvirato que governou a capitania nos dias memoráveis de 1º de
setembro de 1645 a 12 de fevereiro de 1655”.
O beneditino D. Domingos de Loreto Couto, assim se expressou:
“Lopo Curado Garro é natural da cidade da Parahyba
e um dos três governadores da aclamação da liberdade pernambucana naquela
capitania, a natureza o ornou de talento perspicaz e de intrépido valor, com a
espada e com a pena triunfou dos inimigos da pátria, alcançando pelas suas
proezas fama perdurável e nome eterno”.
Para mostrar que sabia ao mesmo tempo jogar as armas e mover a pena,
escreve, em 23 de outubro de 1645 aos mestres de campo André Vidal de Negreiros
e João Fernandes Vieira, governadores da liberdade de Pernambuco, “Breve, verdadeira e autêntica Relação das
últimas tiranias que os pérfidos Olandezes usaram com os moradores do Rio
Grande. Saiu impressa no Valoroso Lucideno composto por Frei
Manuel Calado, p277, Lisboa, por Domingos Correia, 1668. Dele faz memória o
autor do Castrioto Lusitano, Livro V,
nº 82, L6, nº 142 e a Bib. Luis, Tomo 3, p16”.
Com esta carta, Lopo Curado Garro é tido como o primeiro autor
paraibano a ter seu trabalho publicado.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
MELLO,
José Octávio de Arruda. Coord. Capítulos
da História da Paraíba, Campina Grande, 1987, 600p. (p522)
JOÃO SANTOS COELHO
FUNDADOR
JOÃO Luiz dos SANTOS COELHO Filho, nasceu na capital do Estado, neto
do comendador Santos Coelho e de Dª. Paulina Veloso dos Santos Coelho,
proprietários da conhecida Casa do Azulejo na Rua Conselheiro Henriques. Era
filho de João Luiz dos Santos Coelho e Maria do Carmo Santos Coelho. Casado com
Dª. Elsa Cunha Santos Coelho, deixou os seguintes filhos: Paulo Roberto, Maria
da Conceição, João Santos Coelho Neto e Ernando Sérgio, este já falecido.
Estudou no Liceu Paraibano, onde fez os preparatórios, para ingressar
na Faculdade de Direito do Recife, onde se bacharelou em Ciências Jurídicas e
Sociais, em 1934. Logo em seguida, instalou-se em João Pessoa, passando a
exercer a advocacia e prestando serviços em diversos setores da vida pública;
foi Procurador da Fazenda Estadual, membro do Tribunal Regional Eleitoral,
Diretor da Recebedoria de Rendas, Secretário das Finanças e Secretário da
Agricultura. Por questões de foro íntimo recusou a nomeação de Desembargador do
Tribunal de Justiça, oferecida pelo Governador Flavio Ribeiro.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 28 de
julho de 1946
É autor dos livros: A Fazenda
Estadual nos inventários, Imprensa Oficial, 1961; A Fazenda Pública do Estado nos Executivos Fiscais, Imprensa
Oficial, 1961; Glossário Fiscal, A
Imprensa, 1965; Imposto na Paraíba (mimeografado), 1945; imposto na Paraíba (contribuição ao Estado do Regime Tributário), A
União, 1946; Instrução e Formulário para
o preparo do Processo Administrativo e a sua Revisão, A Imprensa, 1964.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
LEAL,
José. Dicionário Bibliográfico Paraibano,
FUNCEP, João Pessoa, 1990.
Atual
ocupante
MARCUS ODILON Ribeiro Coutinho nasceu no dia 26 de setembro de 1939,
na cidade de Santa Rita, Paraíba, filho de Flaviano Ribeiro Coutinho e Celeste
Teixeira Ribeiro Coutinho. É casado com a advogada Ana Lúcia Almeida Ribeiro
Coutinho, e tem dois filhos: Flaviano Quinto e Luciana.
Fez o curso primário no Instituto Santa Terezinha, dirigido pelas irmãs
Maria da Luz e Tércia Lins Bonavides, primas do escritor José Lins do Rego.
Preparou-se para os exames de admissão ao Ginásio no Colégio Pio X, iniciando o
curso secundário no Colégio Nossa Senhora das Graças, posteriormente
transferindo-se para o Colégio Salesiano, do Recife, vindo concluir seu curso
no Liceu Paraibano. Em 1964, bacharelou-se em Direito na Universidade Federal
da Paraíba.
Marcus Odilon nunca exerceu cargos públicos. Seguindo a tradição da
família, enveredou na política, elegendo-se prefeito do município de Juarez
Távora por duas vezes (1960 e 1968); foi prefeito de Santa Rita em 1976 e 1988,
tendo novamente sido eleito para cumprir o mandato de 2004/2008; foi deputado
estadual por duas legislaturas.
Afora política, Marcus Odilon dedica seu tempo na administração de
suas fazendas e à literatura, particularmente à pesquisa histórica, escrevendo
seus livros para divulgar as suas idéias, seus pontos de vista, sem preocupação
com a crítica nem a opinião pública. Escreve
nos diversos jornais da Paraíba e do Pará, onde passou algum tempo
cuidando de suas propriedades naquele Estado.
São de sua autoria: Poder,
Alegria dos Homens, 1965; Santa Rita
do Tibiri, 1982; Gatilho e Sangue na
Assembléia, 1984; Adalberto Ribeiro,
o Senador da Constituinte (plaqueta), 1984; Por um governo Povo da Silva, 1984; Pequeno Dicionário de Fatos e Vultos Históricos da Paraíba, 1985; O Livro proibido do Padre Malagrida,
1986; Camumbembe e seus parentes
(org.), 1997; Uma Revolução em Santa Rita,
1999; A Humanidade sem culpa, 1994; Antropofagia, Existiu ou Não, 2000, Água Doce de Ontem, Juarez Távora de Hoje,
2000; Doutor Fonseca, 2000; Camillo de Hollanda, 2ª. ed, 2001; Logradouros da Grande João Pessoa –
Personagens e Fatos, co-autoria de Natércia Suassuna Dutra Ribeiro
Coutinho, 2001; Filhos de Deus, 2002;
Santa Rita de ontem e de sempre,
2004;
Ingressou no Instituto
Histórico no dia 20 de novembro de 1981; recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”. É atualmente Diretor de Atividades
Culturais do IHGP.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Informações
do associado.
Arquivo
do IHGP.
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CADEIRA Nº. 09
PATRONO:
ARRUDA CÂMARA
FUNDADOR:
LAURO XAVIER
OCUPANTE:
LUIS AUGUSTO CRISPIM
ARRUDA CÂMARA
FUNDADOR
Manuel de ARRUDA CÂMARA nasceu no ano de 1752, na cidade de Pombal,
sertão da Paraíba. Era filho do agricultor Francisco de Arruda Câmara e D.
Maria Saraiva da Silva.
Fez os estudos preliminares na
cidade de Goiana, Estado de Pernambuco, e em 1783 ordenou-se padre no Seminário
daquela cidade, adotando o nome de Frei Manuel do Coração de Jesus. Estudou na
Universidade de Coimbra, em Portugal, e em Montpelier, na França. Era membro da
Academia de Medicina de Montpelier e da Sociedade de Agricultura de Paris.
Dotado de espírito revolucionário e idealista, Arruda Câmara,
identificado com o pensamento de Voltaire e Rousseau, encontrou em Paris um
ambiente favorável ao desenvolvimento das suas idéias liberais, mais acesas,
ainda, com o sucesso da Revolução Francesa.
Voltando ao Brasil, deparou-se com a injustiça social a que era
submetido o nosso povo; ficando comovido e triste, apressou-se a trabalhar em
favor dos mais pobres e humildes, maiores vítimas do regime patriarcal. Para
concretizar os seus sonhos abolicionistas e liberais, fundou o Areópago de
Itambé, sociedade maçônica que reunia a elite intelectual dos Estados de
Pernambuco e Paraíba, tendo aí tramado a Revolução de 1817. Integravam esta
sociedade o Padre João Ribeiro Pessoa Montenegro, o Capitão André Dias de
Figueiredo, os padres Antônio Félix Velho Cardoso, José Ferreira Tinoco de
Albuquerque e Francisco de Paula Cavalcanti.
Com as suas idéias avançadas e ideais de liberdade, lutando pela
igualdade das classes, o padre Arruda Câmara foi, talvez, no Brasil, um dos
precursores da ala progressista. Não viu, porém, realizado o seu ideal de
liberdade e de igualdade social, bandeiras que ainda são levantadas pelos
principais movimentos de libertação dos nossos dias.
Dedicou-se, o padre Arruda Câmara, aos estudos de botânica, estando
ele incluído entre os principais naturalistas do século. Classificou a flora
paraibana, produziu inúmeros trabalhos científicos sobre botânica, zoologia e
mineralogia e deixou uma importante
bibliografia.
São de sua autoria: Centúria
(nunca foi publicado); A Memória sobre a
Cultura do Algodoeiro, 1817; Dissertação
sobre as plantas do Brasil, 1817; Discurso
sobre a vitalidade da instituição de jardins nas principais províncias do país,
1810; Aviso aos lavradores sobre a
suposta fermentação de qualquer qualidade de grãos ou pevides para aumento de
colheita, Lisboa, 1972; Memórias
sobre as plantas que se podem fazer baunilha no Brasil, nas memórias da
Academia Real das Ciências de Lisboa, 1810; Tratado
de Agricultura; Trato de Lógica. Algumas produções de Arruda Câmara podem ser encontradas na Biblioteca
Nacional, no Rio de Janeiro.
Manuel de Arruda Câmara faleceu em Goiana, Pernambuco, no ano de 1810.
O seu corpo foi sepultado na igreja do Carmo, na cidade do Recife. A Paraíba
homenageou-o dando o seu nome a uma reserva florestal no centro de João Pessoa,
capital do Estado – o Parque Arruda Câmara, a popular “Bica”.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
CASTRO,
Oscar de Oliveira. Arruda Câmara –
Cadeira nº 02 (Discurso de posse, A
União Editora, 1964.
___ Vultos da Paraíba, Imprensa Nacional,
1955.
ODILON,
Marcus. Pequeno Dicionário de Fatos e
Vultos da Paraíba, Cátedra, Rio de Janeiro, 1985.
LAURO XAVIER
FUNDADOR
LAURO Pires XAVIER nasceu no dia 3 de janeiro de 1905, na cidade de
Areia, Paraíba, filho de Lindolfo Xavier Camelo e D. Ana Pires Xavier. Era
casado com D. Maria Borges Xavier, de cuja união nasceram os filhos Vera Maria
e Lauro Xavier Filho. Faleceu em João Pessoa, em 27 de outubro de 1991.
Iniciou os estudos em Areia com a professora Júlia Verônica dos Santos
Leal. Vindo para a capital do Estado, prosseguiu os estudos no Grupo Escolar
Thomaz Mindelo, retornando à cidade de Areia, onde concluiu o primário com os
professores Antônio Benvindo e Leônidas Santiago, fazendo aí o curso
secundário. Em 1925 matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, mas não
freqüentou o curso. Rumou para o Estado de São Paulo, onde fez um curso de
Pré-engenharia no Mackenzie. Diplomou-se Engenheiro-agrônomo na Escola Superior
de Agronomia e Medicina Veterinária, do Ministério da Agricultura, na Praia
Vermelha, Rio de Janeiro, quando foi aluno do cientista Cândido de Mello
Leitão. Retornou ao seu Estado e, em 1924, foi nomeado Observador
Meteorológico, 3ª classe, sendo transferido para o Rio de Janeiro.
“Naturalista, botânico, ecologista, professor emérito, urbanista,
técnico de planejamento, pioneiro de agricultura de criação, ele vem se
multiplicando sem fadiga nem esmorecimento em todas essas modalidades, a fim de
que a coletividade possa tirar o máximo proveito do seu sólido conhecimento dos
complexos problemas condicionantes da produção.” (Osias Gomes).
Dr. Lauro Xavier era sócio efetivo da Academia Paraibana de Letras;
membro da Bromeliad Society, Flórida-USA; sócio fundador da Sociedade de
História Natural da Paraíba; sócio fundador do Clube de Engenharia da Paraíba;
sócio fundador da Escola de Agronomia da Paraíba. Recebeu o diploma de
Personalidade do Ano em Ciências, conferido pelo Centro de Relações Públicas da
Paraíba.
Lecionou as seguintes disciplinas na Universidade Federal da Paraíba:
Biogeografia e Climatologia; Introdução à Cultura Brasileira de Botânica
Aplicada à Farmácia; Química de Extensão à Geografia; foi Chefe do Departamento
de Ecologia da UFPB.
Publicou mais de 300 artigos sobre ecologia, agricultura e educação em
jornais e revistas de João Pessoa, Recife e São Paulo.
Trabalhos publicados: A Genética
das Plantas Têxteis, 1935; Hugo de
Uries (biografia do botânico holandês), 1935; Poloplodia Natural e Artificial, Rio; Têxteis Liberianos, Rio, 1938; A
Botânica na Corografia de Beaurepaire Rohan, 1941; O Caroá – História, Cultura e Distribuição Geográfica (Monografia),
Rio, 1942; Mapa Ecológico da Paraíba;
Fisiografia da Paraíba.
Dr. Lauro Xavier ingressou no Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano em 20 de março de 1948, tendo atuação bastante produtiva, chegando a
ocupar a Presidência da entidade no período 1980/1983.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
Arquivo
da Academia Paraibana de Letras.
OCUPANTE
LUÍS AUGUSTO da Franca CRISPIM nasceu em João Pessoa no dia 23 de
agosto de 1945; é filho do casal Napoleão Crispim e D. Maria Tereza da Franca
Crispim. Casado com Adília Espínola da Franca Crispim, tem dois filhos: Teresa
e Luiz Augusto Filho.
Estudou no Grupo Escolar “Epitácio Pessoa” e no Liceu Paraibano,
formando-se em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba, tendo
também graduação em Língua e Literatura Francesa. Fez os cursos de
Administração Financeira e Pesquisa de Mercado, através do SEBRAE.
Despertando para o jornalismo, Luís Augusto Crispim iniciou sua
atividade como redator e editorialista do jornal Correio da Paraíba, seguindo-se a estas outras funções, como: Chefe
de Redação da Secretaria para Assuntos Extraordinários; Diretor do Departamento
Central de Divulgação e Turismo da Paraíba; Diretor Geral do jornal A União; redator-chefe do jornal O Norte; Assessor Especial da Secretaria
de Divulgação e Turismo; correspondente e redator da Revista Visão; correspondente de O Globo e da Folha de São Paulo, na Paraíba; Assessor do GRUPO NOVE – Assessoria
de Comunicação Ltda., em Recife; Diretor de Marketing da IGRAMOL Editora Ltda.,
João Pessoa. Fez estágios no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro; no Correio Brasiliense, Brasília; e na Imprensa Oficial de Salvador,
Bahia.
Exerceu as seguintes funções públicas: Assistente Administrativo da
Secretaria das Finanças do Estado; Assessor Especial da Secretaria da Indústria
e Comércio; Diretor Presidente da Paraíba Turismo - PBTUR; Presidente da
Fundação Espaço Cultural – FUNESC; Secretário de Comunicação Social; Secretário
de Cultura, Esportes e Turismo; professor do Curso de Comunicação Social da
UFPB, lecionando as disciplinas Teoria
da Opinião e Introdução ao Ensino do Direito, na Faculdade de Direito; ocupou o
cargo de Procurador Geral da Prefeitura de João Pessoa.
Prêmios recebidos: Menção Honrosa do Concurso de Monografias da
Universidade Federal da Paraíba sobre a obra de Euclides da Cunha, 168; Menção
Honrosa da Fundação Cultural “Manuel Bandeira”, de Campina Grande, por serviços
prestados à cultura paraibana, 1973; Prêmio Esso de Jornalismo Regional pelo
trabalho de incentivo para uma Economia de Cordel, 1975
É sócio da Academia Paraibana de Letras, da qual foi presidente por
dois mandatos consecutivos; sócio da Associação Paraibana de Imprensa, do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais a Paraíba e da Associação Cultural
Franco-Brasileira.
Escritor, jornalista, poeta, cronista, Luís Augusto Crispim mantém uma
coluna diária no jornal Correio da
Paraíba e tem vários livros publicados.
São de sua autoria: Por uma
Estética do Real, ensaio; O Arco e a
Fonte, crônicas; Os anéis da serpente,
romance; A Expiação de Orfeu, A
União, 1981; Poemas da Estação, A
União, 1981; Os Pecados da Tarde,
poemas, A União, 1984; As Artes da Paixão,
crônicas, A União, 1985; Os Delitos da
Glória (Coleção Literatura Viva), SEC/APL, 1985; Estudos Preliminares de Direito (Introdução ao Estudo do Direito),
S. Paulo, Ed. Saraiva, 1997; A Dama da
Tarde, crônicas, Gráfica Santa Marta, 2001.
Luís Crispim ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano
no dia 28 de maio de 1993, sendo saudado pelo então presidente da entidade,
historiador Joacil de Britto Pereira.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo
do IHGP.
Arquivo
da Academia Paraibana de Letras.
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