Fundado em 7 de setembro de 1905 Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909 CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513 CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba |
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Quando o Instituto Histórico completou 90 anos esta Presidência entregou aos seus associados e ao público o Memorial do Instituto numa edição comemorativa do acontecimento.
       
Dez anos depois, quando o Instituto está comemorando o seu centenário, estamos de volta para atualizar os dados biobibliográficos dos sócios em face das substituições decorrentes das vagas das cadeiras ocorridas por motivo de falecimento dos seus ocupantes.
       
O primeiro trabalho iniciado quando ainda era Diretor de Atividades Culturais do Instituto, no início de 1995, foi coordenado pela professora Maria Helena Cruz, então servidora da instituição, a qual esmerou-se em seu trabalho de pesquisa, concluindo-o com esforço, dedicação e pertinácia.
       
Desde quando o Instituto foi fundado, em 7 de setembro de 1905, os sócios ingressavam sem agrupar-se em cadeiras, na forma de praxe adotada pelas Academias de Letras do País. O quadro social daquela época não tinha sequer limite para o número de sócios, uma vez que os primeiros estatutos omitiam qualquer procedimento nesse sentido.
       
Na primeira sessão realizada para a fundação do IHGP, naquele distante 7 de setembro de 1905, na sala de reuniões da Congregação do Liceu Paraibano, assinaram a ata oficial 71 pessoas, presente o Presidente do Estado, Dr. Álvaro Lopes Machado. Nas três seguintes sessões preparatórias, que serviram para a elaboração do Estatuto e eleição da primeira Diretoria, diminuiu a presença dos interessados. Quando, a 12 de outubro daquele ano, o Instituto foi instalado oficialmente, assinaram a ata de fundação propriamente dita apenas 48 associados, sendo também considerados fundadores mais três associados, os quais, embora ausentes daquela sessão magna, tinham sido eleitos para ocupar cargos diretivos. Assim, foram considerados fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano 51 sócios.
       
Ocorre que na resenha dos trabalhos científicos do Instituto, apresentado pelo então 1º. Secretário Irineu Pinto, em 7 de setembro de 1910 (Revista do IHGP nº. 2, p393/402), há um tópico acentuando que "Possue até aqui o nosso Instituto 59 sócios fundadores, 28 effectivos, 48 correspondentes e 3 beneméritos". Na página 429 e seguintes da referida Revista do IHGP consta a Relação de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano até 1910. Na Relação dos Sócios Fundadores constam, além dos 51 já arrolados no excelente trabalho do então Cônego Eurivaldo Caldas Tavares (Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e seus 70 anos, A União, 1975), mais oito sócios: Alfredo Espírito Santo, cap. Augusto Alfredo de Lima Botelho, Cláudio Oscar Soares, Elias Pompílio, Ernesto Augusto da Silva Freire, José Cândido, Manoel Otaviano e Rômulo de Magalhães Pacheco.
       
No ano de 1908, sob a presidência do Dr. Flávio Maroja, houve uma pequena alteração no estatuto. Em 8 de março de 1931, ainda sob a presidência do Dr. Flávio Maroja, houve uma alteração mais substancial, contando o quadro social com 48 sócios. No ano de 1946 o Instituto chegou a ter 61 sócios. Na Presidência do Dr. Clóvis dos Santos Lima houve mais uma alteração, conforme ata de 27 de junho de 1947. Em seu relatório de 7 de setembro de 1950, Dr. Clóvis Lima registrou que em 20 de março de 1948 havia 40 sócios, sendo que apenas 26 ativos, conforme ata daquela data. Por sua iniciativa, foram expedidas circulares aos 24 sócios ausentes, solicitando-lhes que se manifestassem se queriam continuar como sócios efetivos. Havia muitos associados que passaram a residir fora do Estado em razão de suas atividades profissionais. No seu estilo forte, o Presidente Clóvis "cortou" o nome de vários associados. "Enxuguei o quadro social", comentava ele com os consócios mais próximos.
       
Posteriormente, o associado Sebastião de Azevedo Bastos fez um levantamento dos sócios e publicou uma relação no jornal A União. Esse assunto foi objeto de vários debates e estudos, conforme atas de 21/6, 20/9 e 18/101969 e 21/03/1970, tendo o Secretário Bastos relacionado 52 associados, quando o limite de sócios era 40. Em 22 de agosto de 1970 apareceu uma estatística em que se definia a situação assim: 32 sócios efetivos e 18 sócios correspondentes. Entre esses sócios correspondentes figuravam aqueles que não residiam na Paraíba ou deixaram de freqüentar o Instituto, tais como Ademar Vidal, Abelardo Jurema, Cleantho Leite, Elpídio de Almeida, Luis Pinto, Raul de Góes, Josa Magalhães, entre outros.
       
No final do mandato do Presidente Humberto Nóbrega, às vésperas da eleição da nova Diretoria para o triênio 1974/1977, foi aprovado novo estatuto nas assembléias de 17 e 20 de agosto de 1974. Esse novo estatuto manteve o limite de 40 sócios efetivos e número ilimitado de sócios correspondentes, parâmetro que serviu de base para a Presidência do historiador Deusdedit de Vasconcelos Leitão, eleito em 5 de setembro daquele ano.
       
Mas, foi na administração do Presidente Antônio Victoriano Freire que o quadro social tomou forma definitiva. Nas reuniões ordinárias de 21 de julho e 18 de agosto de 1979 foi apreciada a proposta para serem criadas as cadeiras, as quais seriam preenchidas pelos sócios então existentes. Finalmente, em sessão extraordinária no dia 23 de agosto de 1979, foi aprovada a nova organização social do Instituto, que seria integrada por 40 sócios efetivos. Ficou deliberado que os 40 sócios existentes preencheriam as 40 cadeiras numeradas como seus fundadores, cabendo-lhes indicar o nome de seus patronos.
       
Posteriormente, durante o segundo mandato do Presidente Joacil de Britto Pereira, esse número de cadeiras foi aumentado para 50, conforme resolução aprovada em reunião de 24 de janeiro de 1992, sendo atribuídos novos patronos para as novas cadeiras, cinco delas a serem preenchidas pelos antigos sócios que foram desligados em 1979.
       
O quadro social do Instituto é agora, em definitivo, constituído por 50 sócios efetivos, estando todas as suas cadeiras ocupadas.
       
No decorrer dos dez anos da publicação do primeiro Memorial faleceram treze associados, cujas vagas foram preenchidas por novos confrades, os quais passarão a figurar nesta nova edição. Ao mesmo tempo ficam atualizados os informes biobibliográficos dos ocupantes das demais cadeiras.
       
Consta desta edição comemorativa do centenário do Instituto u'a MEMÓRIA publicada recentemente pelo atual Presidente do IHGP, relacionando todos os sócios efetivos com a data do seu ingresso no Instituto. E mais uma lista atualizada dos sócios Honorários, Beneméritos e Correspondentes bem como a listagem de todos os sócios que já pertenceram àquelas categorias.
       
Esta publicação do Instituto representa 130 minibiografias de ilustres figuras da intelectualidade paraibana além de 51 breves notas sobre os sócios fundadores.
       
Esta edição se deve à benemerência do empresário cajazeirense João Claudino Fernandes, capitão de indústria de renome, que ao lado do seu irmão Valdecy Claudino, comanda um pool de empresas com uma centena de lojas e departamentos e filiais sob a denominação de "Armazém Paraíba"; a indústria Guadalajara de confecções de ônix jeans; várias fazendas de gado no Maranhão e Piauí; indústrias de tecidos e de móveis, de construção civil, de equipamentos rodoviários, de promoção e publicidade, de computadores e sistemas, além de parques gráficos ultramodernos.
       
O Instituto agradece por este gesto generoso que demonstra espírito incentivador às coisas da cultura, razão por que já pertence ao nosso quadro de Sócios Beneméritos.
       
Nascido a 26 de agosto de 1877, na capital do Estado da Paraíba, José Maria dos Santos foi um homem de notável inteligência e que soube conquistar os seus espaços na esfera cultural dos maiores centros por onde passou. O seu pai, que também se chamava José Maria, integrou o Exército Imperial e combateu na guerra contra o Paraguai. Este fato talvez tenha contribuído na educação do filho que, após concluir os estudos no Liceu Paraibano, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro, cursando, posteriormente, a Escola de Ciências Políticas de Paris.
       
José Maria dos Santos destacou-se, porém, como jornalista, cuja carreira iniciou em São
Paulo como diretor de A Tarde, Tribuna Paulista e Jornal do Comércio. Fixou-se em Paris
como correspondente do Estado de São Paulo; na capital francesa casou-se com Mlle Marie
Vinour, em 14 de outubro de 1905. Ainda na Europa, participou da Delegação Brasileira à
Conferência de Paz, em Versailles, atuando, ainda na imprensa francesa como redator de Le
Figaro e redator-chefe de Le Parisien.
       
No Rio de Janeiro, José Maria teve uma fértil atuação na imprensa. Foi redator de
O País, da Gazeta de Notícias e da Folha da Manhã; em Santos,
dirigiu o Diário. Escreveu vários livros.
       
Levando uma vida pacata, ausente da agitação da grande metrópole, José Maria somente era
conhecido através de sua produção literária publicada nos jornais do Rio e de São Paulo.
Certa vez passou um bom tempo sem divulgar os seus escritos e a imprensa carioca chegou a
noticiar o seu falecimento. Conforme afirmou Aurélio de Lyra Tavares, essa informação foi
desmentida pelo escritor com as palavras "... continuo vivo, enviando-vos, portanto, as
minhas mais vividas recordações..."
       
Mesmo com todo esse potencial, o paraibano ilustre sempre foi esquecido na sua terra natal.
Somente agora, em 1992, o IHGP, na administração do confrade Joacil de Britto Pereira, foi
lembrado o seu nome. De sócio correspondente passou a patrono da Cadeira nº. 01 e, através
de Resolução, foi criada a COMENDA DO MÉRITO CULTURAL "JOSÉ MARIA DOS SANTOS", para
homenagear pessoas e entidades que, de alguma maneira, tenham contribuído para o
engrandecimento da cultura paraibana.
       
Em dezembro de 2000, o Instituto prestou significativa homenagem ao ilustre conterrâneo
com uma sessão magna para o lançamento da plaqueta de autoria do jornalista Luiz Gonzaga
Rodrigues editada pela A União - Superintendência de Imprensa e Editora, como parte da Série
Histórica da Coleção PARAÍBA - NOMES DO SÉCULO. Na apresentação do trabalho falaram o
professor e acadêmico Tarcísio de Miranda Burity, o jornalista Rui de Vasconcelos Leitão,
diretor de A União, o jornalista Gonzaga Rodrigues, autor da plaqueta, e o historiador Luiz
Hugo Guimarães, presidente do IHGP (1995/2009).
       
José Maria dos Santos faleceu em São Paulo no dia 16 de julho de 1954. Obras publicadas:
A Política Geral do Brasil; Os Republicanos Paulistas e a Abolição; A Terra e os Problemas
do Homem; Os Fundamentos Reais da Liberdade; Notas da História Recente; Bernardino de Campos
e Partido Republicano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
RODRIGUES, Luiz Gonzaga. Notas do meu lugar. João Pessoa, Acauã, 1978, pp151/153.
___ José Maria dos Santos- N°. 42, da Coleção PARAÍBA - NOMES DO SÉCULO, A União, 2000.
SANTOS, José Maria dos. A Política Geral do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia,
Universidade de S. Paulo, 1989.
TAVARES, A. de Lyra. Grande Pensador Olvidado. Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 28/11/1987.
       
JOSÉ AMÉRICO de Almeida nasceu no dia 10 de janeiro de 1877, no Engenho Olho D'Água,
município de Areia, Paraíba. Era filho de Ignácio Augusto de Almeida e Josefa Leal de Almeida.
Casou-se com D. Alice Melo de Almeida e teve três filhos: Reynaldo, Selda e José Américo Filho.
       
Foi alfabetizado no engenho onde nasceu pela professora Verônica dos Santos Leal;
com o falecimento do pai, passou a conviver com o tio, padre Odilon Benvindo, na
cidade de Areia. O tio-padre tinha no sobrinho o seu sucessor e, contrariando a
vontade do garoto, internou-o no Seminário. Sem vocação para o clero e com o apoio
da mãe, José Américo abandonou o Seminário e veio para a capital do Estado,
matriculando-se no Liceu Paraibano, fazendo ali os preparatórios para o
ingresso na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1908. Retornou
à Paraíba. Aqui, começou a advogar, mas logo foi nomeado Promotor Público da
cidade de Sousa. Foi, ainda, Consultor Jurídico, Procurador Geral do Estado,
Secretário de Segurança Pública e Ministro da Viação e Obras Públicas. Chefiou
a Revolução de 1930, atuando nos Estados do Norte e Nordeste; foi interventor do
Estado e Chefe do Governo Central da União.
       
Na política, exerceu os mandatos de Deputado Federal, Senador e Governador do Estado.
Em 1937, candidatou-se à Presidência da República e em 1946 à Vice-Presidência. Não
teve êxito em nenhum dos pleitos. Em 1958, candidatou-se ao Senado Federal, e, não
conseguindo se eleger, afastou-se da política para recolher-se à sua mansão na praia
do Cabo Branco, até seu falecimento ocorrido em 10 de março de 1980.
       
José Américo era membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Paraibana de
Letras. Em 1976, recebeu do jornal A Folha de São Paulo o troféu JUCA PATO, prêmio
conferido por aquele conceituado jornal ao "Intelectual do Ano". Colaborava sempre com
artigos para a revista Era Nova, periódico que circulou na capital do Estado na década
de 20. Escrevia, habitualmente, no jornal A União.
       
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de junho de 1911.
       
Obras publicadas: Reflexões de uma Cabra, 1922; A Paraíba e seus Problemas, 1923;
A Bagaceira, 1928; Ministério da Viação no Governo Provisório, 1933;
O Ciclo Revolucionário do Ministério da Viação; O Boqueirão, 1935;
Coiteiros, 1935; As Secas do Nordeste, 1953; Ocasos de Sangue, 1954;
Sem me Rir, sem Chorar, 1957; Discursos do seu Tempo, 1964;
A Palavra e o Tempo, 1965; Ad Immortalitatem (discurso de posse na APL);
O Ano do Nego (memórias), 1968; Quarto Minguante (poesias), 1975; Antes que
me Esqueça (memórias), 1976.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LUNA, Maria de Lourdes Lemos de. Solidão e Glória de José Américo, João Pessoa, 1987.
RABELLO, Adylla Rocha. Exposição da obra de José Américo, comemorativa ao centenário
do seu nascimento. 1887-1987, João Pessoa, Fundação Casa de José Américo, 1987.
       
Oswaldo Trigueiro do Valle nasceu no dia 10 de outubro de 1935 no município
de Cruz do Espírito Santo, Paraíba, filho de Demétrio Bezerra do Valle e Anna
Trigueiro do Valle. É casado com D. Lia Trindade do Valle e tem três filhos: Anna
Margarida, Mônica e Oswaldo Filho. Diplomado em Ciências Jurídicas e Sociais, Mestre
em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (1967), tem ainda os cursos de Microeconomia
pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC), 1968 e Ciências Políticas pela
Fundação Getúlio Vargas (RJ, 1980).
       
Entre os cargos públicos que exerceu, destacamos: Prefeito de João Pessoa; Secretário de
Administração do Estado; Secretário substituto do Planejamento e Coordenação Geral do Estado
da Paraíba; Professor de Teoria de Administração da UFPB; Pesquisador do Conselho Nacional de
Pesquisas (CNPq); Assessor Especial da Fundação Getúlio Vargas; Presidente do Conselho
Deliberativo do IPEP; membro do Conselho Superior de Informática do Estado da Paraíba
- CONSIPI/CODATA; Presidente do Instituto de Previdência do Estado (IPEP); Superintendente
da Caixa de Crédito da Pesca, 1957; Professor de Administração do Curso de Mestrado da
Universidade Federal de Pernambuco e da Fundação Regional do Nordeste (FURNE-Campina Grande).
Atualmente é professor-diretor da Faculdade de Direito do Centro Universitário de João Pessoa
(UNIPÊ).
       
Oswaldo Trigueiro do Valle ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 4 de
agosto de 1984; recebeu a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos", concedida pela
entidade.
       
Trabalhos publicados: Autarquias Administrativas; Administração Pública Comparada;
O Supremo Tribunal Federal e a Instabilidade Política; O General Dutra e a Redemocratização
de 45.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MAIA, Benedito: Prefeitos de João Pessoa. João Pessoa, 1985.
       
IRINEU Ceciliano Pereira JOFFILY nasceu no dia 15 de dezembro de 1843, na fazenda Lajedo,
município de Pocinhos, Paraíba e faleceu em 08 de fevereiro de 1902; filho de José Pereira
da Costa e Isabel Americana de Barros. Casou-se com Raquel Torres Brasil, em Alagoa Nova,
no ano de 1871, deixando dessa união uma numerosa prole.
       
Iniciou os estudos em Cajazeiras com o Padre Rolim, depois seguiu para Recife, onde
complementou o curso secundário e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Ainda
estudante, na Faculdade de Direito do Recife, fundou o jornal O Acadêmico Parahybano,
mantendo uma seção intitulada Parahybanos de 1817, onde ele publicava pequenas biografias
dos seus conterrâneos, começando a revelar a sua vocação jornalística. Em O Acadêmico
Parahybano, Irineu Joffily combatia a opressão e a submissão semicolonial em que vivia
o povo pernambucano e reivindicava os benefícios que a Paraíba tanto precisava, como por
exemplo, a demarcação dos limites entre os Estados da Paraíba e Pernambuco, instalação de
uma Associação Comercial, a navegação do rio Mamanguape, a criação de um Bispado, entre
outras reivindicações.
       
Ingressou na política, elegendo-se vereador em Campina Grande. Em 1868, elegeu-se deputado
provincial, tendo sido reeleito por cinco legislaturas. Em 1889, foi eleito deputado geral,
mas não assumiu a cadeira; com o advento da República, a Câmara foi dissolvida e ele retornou
à Paraíba.
       
Em sociedade com o amigo Francisco Soares Retumba, Irineu Joffily instalou em Campina
Grande a primeira tipografia, e em 1º de agosto de 1888 circulava o primeiro número de
A Gazeta do Sertão, jornal combativo, contrário ao Regime Republicano e que resultou
no empastelamento desse periódico, ação atribuída ao Governador Venâncio Neiva, primeiro
governador republicano da Paraíba.
       
Na imprensa paraibana, Irineu Joffily teve uma atuação fértil. Publicou artigos em O Despertador
e em O Mercantil, periódicos que circularam na capital do Estado nos anos de
1870 e de 1883. Escrevia no jornal A União sob o pseudônimo de Índio Cariri; no Rio
de Janeiro atuou em O Brasil e no Jornal do Comercio.
       
Era sócio correspondente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
       
Sua morte, em 1902, foi causada pelo Mal de Hansen.
       
Trabalhos publicados: Notas sobre a Parahyba, 1872 e Sinopses e Sesmarias, 1894,
além de inúmeros artigos em jornais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
JOFFILY, José. Entre a Monarquia e a República - Idéias e Lutas de Irineu Joffily.
Rio de Janeiro, Kosmos, 1982.
       
CELSO Marques MARIZ nasceu no dia 17 de dezembro de 1885, no sítio Escadinha, município
de Sousa, Paraíba, falecendo em João Pessoa no dia 03 de novembro de 1982; filho de Dr.
Manuel Marques Mariz e dona Adelina de Aragão Mariz. Órfão de pai aos três anos, foi criado
pelo padrinho, Dr. Félix Joaquim Daltro Cavalcanti, juiz municipal de Piancó.
       
Passou a residir em Taperoá, freqüentando a escola do professor Minervino Cavalcanti,
matriculando-se depois, como ouvinte, no Seminário Diocesano da Paraíba, em João Pessoa,
iniciando a sua carreira jornalística como redator de O Comércio, ao lado de Arthur
Achiles e como colaborador do jornal A União.
       
Atraído pela tão decantada beleza amazônica, Celso Mariz viajou até Belém do Pará, retornando
à capital paraibana em 1907, quando passou a integrar os quadros do jornal O Norte, fundado
pelos irmãos Órris e Oscar Soares. Por algum tempo foi diretor daquele órgão e nessa função
viajou por alguns municípios do Estado, tendo a oportunidade de colher dados, os quais mais
tarde lhes serviram de subsídios para a elaboração dos seus livros. Nomeado professor
público,
com exercício em Catolé do Rocha, conheceu D. Santina Henriques de Sá, com quem se casou.
       
Algumas funções exercidas por Celso Mariz: Inspetor Regional do Ensino; Conselheiro Municipal,
em Taperoá; Diretor da Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado (1914/1930); Deputado
Estadual (1024/1928); Diretor do jornal A União; Secretário de Estado na Administração
Argemiro de Figueiredo.
       
Em 1915, fundou A Notícia, jornal representativo do pensamento dos "jovens turcos",
grupo que pretendia se firmar como vanguarda do epitacismo.
       
Membro efetivo e um dos dez fundadores da Academia Paraibana de Letras, em 1941; membro
do Conselho Estadual de Cultura. Ingressou no IHGP em 18 de junho de 1910, tendo exercido a sua presidência no período 1944/1946.
       
Legou-nos uma importante bibliografia: Através do Sertão, 1910; Apanhados
Históricos da
Paraíba, 1929; Evolução Econômica da Paraíba, 1939; Ibiapina,
um Apóstolo do Nordeste, 1942;
Carlos Dias Fernandes, 1943; Cidades e Homens, 1945; Areia e a Rebelião
de 1848, 1946; Memória
da Assembléia Legislativa, 1948; Notícia Histórica de Catolé do Rocha, 1956;
Figuras e Fatos, 1976.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MARIZ, Celso. Memória da Assembléia Legislativa - aumentada e
atualizada por Deusdedit de Vasconcelos Leitão. João Pessoa, 1987.
Revista do IHGP, vol. V, João Pessoa, 1922.
       
Diana Soares de Galliza, paraibana, nasceu em João Pessoa a 08 de março de 1939,
filha de Eduardo Santiago de Galliza e Elba Soares de Galliza. Em 1949 concluiu o
curso primário no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em João Pessoa, e em 1957
terminou o secundário. Bacharelou-se em História pela Universidade Federal da
Paraíba, fazendo também o Curso de Licenciatura. Detém ainda os seguintes cursos
de extensão cultural: A Arte através da História (UFPB, 1959); Relações
Humanas no Trabalho (UFPB, 1969); Aspectos da Revolução Paraibana de 1817
(UFPB, 1972); Metodologia de História (UFPB, 1979); Inglês Instrumental para
Ciências Sociais e Serviço Social (UFPB, 1980 e 1981); Francês funcional para
pós-graduação (UFPB, 1981). Tem Curso de Especialização e Mestrado em História,
realizados na Universidade Federal de Pernambuco, em 1973 e 1981; fez
Doutorado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da Universidade de São Paulo (USP), em 1989.
       
Diana Galliza tem participado em Simpósios e Seminários em vários encontros relacionados
com a História do Brasil, realizados tanto na Paraíba como em outros Estados. Como
professora, conta com a experiência desde colégios de 1º e 2º graus até o nível superior.
       
Nas Universidades da Paraíba, Pernambuco e Tocantins, a professora Diana já ministrou
aulas em Cursos de Graduação, Pós-graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado;
participou de debates e foi participante como conferencista e palestrante sobre
História e Ciências Sociais. Integrou, como membro, o Colegiado de Pós-graduação em
História da Universidade Federal de Pernambuco e o grupo de pesquisadores da Fundação
Casa de José Américo. Domina os idiomas Francês, Inglês e Espanhol.
       
Trabalhos realizados: Projeto de pesquisa do Núcleo de Documentação e Informação
Histórica Regional da UFPB junto aos cartórios do Estado, o qual foi publicado em
número especial de Cadernos de estudos regionais, 1976/1977;
Projeto de tese de doutorado,
apresentado na Universidade de São Paulo: Modernização sem Desenvolvimento na Paraíba -
1890-1930, 1996; Projeto de pesquisa e de elaboração de História Econômica da Paraíba -
1585-1992, para o CNPq e o Banco do Brasil.
       
Livros e trabalhos publicados: História Republicana da Paraíba, 1965;
O Declínio da Escravidão na Paraíba (1860-1888), 1979;
O Fandango e sua
Representação na Paraíba, in Cadernos Regionais de Estudos, nº. 1, 1970;
Uma Experiência de Pesquisa com base em Documentação de Cartórios, in
Cadernos de Estudos Regionais, número especial, ano II, 1979; A Implantação
do Engenho Central São João na Paraíba, in Revista de Ciências Humanas, 1980;
Da crise do escravismo à Abolição - Paraíba; Conquista, Patrimônio e Povo - A
História e seus Intérpretes, 1983; A Nova Democracia no Brasil, in A União,
08.11.1983; Tradução:The New Methods of Historical Researchs in Paraíba
(a State of Northeast Brazil); Discurso de posse no IHGP, 1983; Ciência
Histórica, 1986; As Economias Açucareira e Criatórias (pecuária no Nordeste
Brasileiro à Época Colonial) - estudo comparado, in Revista do IHGP, nº. 24, 1986;
Análise das Fontes para o Estudo da Escravidão na Paraíba, acervo Revista do Arquivo
Nacional, vol. 3, nº. 1, 1988; Paraíba 1890-1930 (modernização ou independência?) -
Tese de doutorado apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia,
Letras, Artes e Ciências Humanas de São Paulo, 1988; Estudo da Economia de São Paulo
nas Décadas de 1910, a partir da Riqueza Paulista.
       
Diana Galliza ingressou no IGHP em 25 de maio de 1985. Recebeu a Comenda do
Mérito Cultural "José Maria dos Santos", concedida pelo IHGP.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Arquivos do IHGP.
       
João ALCIDES BEZERRA Cavalcanti nasceu no dia 24 de outubro de 1891, em João Pessoa,
Paraíba, e faleceu no Rio de Janeiro a 29 de maio de 1938.
       
Era filho de João Perdigão Bezerra Cavalcanti, nascido em Bananeiras, e Phelonilla Clara
Bezerra Cavalcanti, nascida na capital do Estado, pertencente à família Carneiro da Cunha.
Descendia de italianos, pelo lado paterno, e de tradicional família portuguesa do
Brasil-Colônia, pelo lado materno.
       
Fez o Curso de Humanidades no Liceu Paraibano entre 1903 e 1907, matriculando-se em
seguida na Faculdade de Direito do Recife, onde se bacharelou em 1911.
       
Exerceu os seguintes cargos públicos: Procurador da República, Promotor Público adjunto
da Capital, Promotor Público de Catolé do Rocha, Inspetor Geral do Ensino, Secretário da
Imprensa Oficial, Deputado Estadual na legislatura 1920-1923, e Diretor do Arquivo
Nacional de 1922 até 1938, quando faleceu.
       
Dedicou-se aos estudos e à pesquisa, intensificando a sua produção científica
e literária. Alcides Bezerra foi jornalista, crítico, historiador, folclorista,
novelista, e, acima de tudo, filósofo.
       
Presidiu a Academia Carioca de Letras e a Sociedade dos Amigos de Alberto Torres;
era membro dos Institutos Históricos de São Paulo, Pará e Ceará; da Sociedade Brasileira
de Geografia, da Sociedade Brasileira de Filosofia e da Sociedade Capistrano de Abreu.
       
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano a 24 de maio de 1914.
       
Trabalhos publicados: Ensaios de Crítica e Filosofia, Paraíba, 1919; Maria da
Glória (novela), Paraíba, 1922; A Confederação do Equador, Rio de Janeiro,
Arquivo Nacional, 1925; Os Historiadores do Brasil do Século XIX, Rio de
Janeiro, Arquivo Nacional, 1927; Conferências, Rio de Janeiro, Arquivo
Nacional, 1928; Ensaio Biográfico de Marcílio Dias, Rio de Janeiro,
Arquivo Nacional, 1928; A Evolução Científica do Direito, Rio de Janeiro,
Ed. Biblos, 1933; A Filosofia na Fase Colonial, Rio de Janeiro, Arquivo
Nacional, 1935; Sílvio Romero, o Pensador e o Sociólogo, Rio de Janeiro,
Arquivo Nacional, 1935; Achegas da História da Filosofia, Rio de Janeiro,
Arquivo Nacional, 1936; Biografia Histórica do I Reinado a Maioridade,
Rio de Janeiro, 1936; Vicente Lúcio Cardoso - sua concepção da vida e da
arte, Rio de Janeiro, 1936; O Visconde Cairu - vida e obra, Rio de Janeiro,
Arquivo Nacional, 1937.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Horácio de. Contribuição para uma Bibliografia Paraibana, Rio de Janeiro, 1972.
GOMES, Osias. Discurso de posse, Revista da APL, vol. 4, João Pessoa, 1948.
NÓBREGA, Apolônio. Alcides Bezerra, Revista do IHGP, vol. 10, 1946.
VEIGA JÚNIOR, J. Discurso de recepção, Revista da APL, vol. 4, 1948.
       
PEDRO ANÍSIO Bezerra Dantas (Monsenhor) nasceu no dia 27 de dezembro de 1883 na cidade de
Bananeiras, Paraíba, e faleceu na capital do Estado no dia 31 de dezembro de 1979. Era filho
de Manuel Bezerra Dantas e D. Emília Alves Bezerra Dantas.
       
Iniciou os estudos em Bananeiras, matriculando-se depois no Seminário da Paraíba,
sendo ordenado padre aos 10 de novembro de 1907. No ano seguinte viajou para Roma,
freqüentando o Colégio Pio Latino Americano, graduando-se em Filosofia e Teologia
Dogmática pela Universidade Gregoriana, em 1910.
       
Ao voltar ao Brasil foi nomeado Capelão da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, em João
Pessoa, função que ocupou depois nas Igrejas de Nossa Senhora das Mercês e do Sagrado
Coração de Jesus, atual Matriz de Cabedelo. Foi vigário da Catedral Nossa Senhora das
Neves; Cura da Sé; Diretor Espiritual do Seminário, de 1916 a 1917 e do Colégio Pio X,
em 1918. No Seminário da Paraíba lecionou Latim e Teologia Dogmática, até 1945. Lecionou,
ainda, nos Colégios Pio X, Liceu Paraibano e Escola Normal, tendo sido o primeiro Diretor
do Departamento de Educação do Estado, criado em 1935 pelo Governador Argemiro de Figueiredo.
       
Atuou na imprensa, ficando conhecido como um jornalista polêmico e combativo,
"defensor de causas nobres"; foi redator e diretor de A Imprensa, jornal da Diocese.
Foi fundador e primeiro Assistente Eclesiástico da União dos Moços Católicos; organizador
e primeiro Assistente do Círculo Operário da Paraíba; Assistente Eclesiástico da Juventude
Feminina da Liga Independente Católica; Assistente Eclesiástico da Ação Católica
Arquidiocesana; fundador e Diretor da Escola Profissional "Padre Anchieta". Foi o
primeiro sucessor da Cadeira nº. 26 da Academia Paraibana de Letras.
       
Recebeu as seguintes Dignidades Eclesiásticas: Cônego Honorário, Cônego Efetivo;
Arcediago e Deão do Cabido Metropolitano; Camareiro Secreto do Papa (Monsenhor);
Vigário Geral e Vigário Capitular da Arquidiocese.
       
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 12 de outubro de 1916.
       
Obras publicadas: Religião e o Progresso Social, Estudos Filosóficos, A Filosofia
Tomista e o Agnosticismo Contemporâneo, Tratado de Pedagogia e Psicologia Experimental,
Sociologia Evolucionista e Sociologia Cristã, A Igreja - Reino de Deus na Terra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LEITÃO, Deusdedit. O Ensino Público na Paraíba. João Pessoa, 1987.
TAVARES, Eurivaldo (Cônego). Monsenhor Pedro Anísio - Cultor da Ciência Divina. João Pessoa, 1983.
Revista do IHGP, nº. 5, João Pessoa, 1922.
       
AÉCIO Villar de AQUINO nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, no dia 10 de abril de
1931 e faleceu em João Pessoa a 6 de dezembro de 1999. Era filho do Major Epaminondas
de Aquino Torres e Alice Villar de Aquino.
       
Formado em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba,
possuía diploma de Estudos Superiores em Economia Política e Direito Internacional
Público e de Espanhol pela Universidade de Madri. Fez o Curso Internacional de Reforma
Agrária pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e Agricultural Marketing
(Departamento de Estado dos EUA), além de vários outros cursos de extensão universitária
feitos no Brasil e no exterior.
       
Durante bastante tempo foi membro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba e exerceu
o magistério como professor de Antropologia da Universidade Federal da Paraíba, tendo
se aposentado nessas funções. Exerceu inúmeros cargos e funções públicas no Estado.
       
Participou de vários congressos e conferências como especialista em Antropologia, Direito,
História, matérias a que se dedicou como pesquisador emérito.
       
Era sócio colaborador da Real Academia Paraibana de Ciências e Tecnologia, atuando
na imprensa paraibana, onde publicou artigos nos jornais e revistas da Capital.
       
Em 1982, recebeu o prêmio Fernando Chinaglia de Personalidade Cultural da UBE
(União Brasileira de Escritores) e obteve o 1º. lugar no concurso "Celso Mariz"
sobre História da Paraíba; em 1985, foi premiado no Concurso Literário do IV
Centenário da Paraíba, categoria Cidade de João Pessoa.
       
Foi incumbido pelo Conselho Estadual de Cultura para atualizar, organizar e preparar
uma introdução à Corografia da Paraíba, de Coriolano de Medeiros, e sobre o Relatório
da Paraíba, de Henrique Beaurepaire Rohan, os quais seriam enfeixados num só volume para
integrar a Biblioteca Paraibana editada pelo Governo do Estado.
       
Aécio Aquino ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 29 de julho de 1983,
tendo sido homenageado pela entidade com a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos
Santos".
       
Publicou os seguintes livros:
São Bento do Uma - Uma Comunidade do Agreste Pernambucano; Nordeste Século XIX,
1980 (tese de concurso para livre docência, 1977);
Nordeste Agrário do Litoral, numa visão histórica;
Aspectos Históricos e Sociais da Pecuária na Caatinga Paraibana; O Negro no Brasil;
Origens e Antiguidades dos Primeiros Povoados da América; O Tribunal de Contas da Paraíba
e as Prestações de Contas Governamentais; Filipéia, Frederica, Paraíba;
e outras publicações, além de artigos de cunho histórico na Revista do IHGP.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Currículo do associado.
       
JOAQUIM OSTERNE Carneiro nasceu em São Gonçalo, município de Sousa, Estado da Paraíba,
em 18 de maio de 1937, filho de Francisco de Andrade Carneiro e de Dilnor Osterne Carneiro.
É casado com Maria Augusta Correia Osterne Carneiro, de cuja união tem os filhos Francisco
Antonio Correia Carneiro, Luciano Correia Carneiro e Licânia Correia Carneiro e os netos
Joaquim Osterne Carneiro Neto, Marcio Maciel Carneiro, Francisco Antonio Correia Carneiro
Junior, Marcela Carneiro Borges e Raphael Maciel Carneiro.
       
Fez os primeiros estudos em sua terra natal e na cidade de Cajazeiras (PB), tendo concluído
o curso primário no Ginásio Diocesano Padre Anchieta, da cidade Limoeiro do Norte, Estado do
Ceará. Concluiu o curso ginasial no Colégio Diocesano Pio X e o cientifico no Colégio
Estadual (antigo Liceu Paraibano), ambos localizados em João Pessoa (PB). Em 02 de dezembro
de 1961, concluiu o curso de Agronomia, na Escola de Agronomia do Nordeste, atual Centro de
Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba, localizada na cidade de Areia (PB).
       
Em 1962 iniciou a sua vida profissional como Engenheiro Agrônomo do DNOCS - Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas, onde ocupou inúmeras funções, tais como: Chefe das Seções
de Horti-Pomi-Silvicultura e de Extensão Rural, do Instituto Agronômico José Augusto Trindade,
Sousa (PB); Chefe do Serviço Distrital Agro-Industrial, do 2º Distrito de Fomento e Produção,
Campina Grande (PB); Chefe da Comissão Agronômica José Augusto Trindade, Sousa (PB); Chefe do
2º Distrito de Fomento e Produção, Campina Grande (PB); membro da Diretoria de Agronomia, da
Diretoria de Irrigação e Assessor do Diretor Geral do DNOCS, Fortaleza (CE); Coordenador do
Convenio firmado entre o DNOCS e o IRYDA-Instituto Nacional de Desarrolo Agrário, firmado
entre o Brasil e a Espanha; Representante do DNOCS, no Comitê de Acompanhamento da Pesquisa
Sobre Industrialização de Áreas Rurais no Nordeste do Brasil-Convenio DNOCS/BNB; Diretor Geral
Adjunto de Operações.
       
Ao longo de sua vida profissional desempenhou, também, as seguintes funções: Membro do
Conselho de Agricultura da Paraíba-CEAGRI; Membro do Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia da 16ª Região - CREA/PB; Diretor Estadual da Associação Brasileira
de Irrigação e Drenagem-ABID, nos Estados do Ceará e da Paraíba, respectivamente; Coordenador
de Recursos Naturais, do PRODIAT - Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do
Araguaia-Tocantins; Secretário de Recursos Hídricos, do Governo do Estado da Paraíba;
Secretário Executivo da Comissão Estadual de Planejamento Agrícola-CEPA/PB; e, Assessor
de Gabinete do Governador do Estado da Paraíba. Atualmente exerce o cargo de Superintendente
do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Administração Regional da Paraíba - SENAR-AR/PB.
       
Participou de diversos Congressos e Simpósios no Brasil e no exterior, tendo realizado os
cursos de Hidrologia, ministrado pelo Engenheiro Dale Curtis, do Bureau of Reclamation;
Engenharia de Irrigação, ministrado na Escola Politécnica, da Universidade Federal da
Paraíba, em Campina Grande (PB); Especialização em Administração Profissional, ministrado
pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias; Agente da Reforma Administrativa, patrocinado pelo
Ministério do Planejamento e Coordenação Geral; Gerencia por Objetivos, patrocinado pelo
DNOCS; Planejamento e Experimentação Agrícola em Área Irrigada, ministrado no Núcleo Técnico
Administrativo da SUDENE, localizado em Petrolina-PE; Problemas Brasileiros, patrocinado
pelo DNOCS; Liderança Organizacional, patrocinado pelo DNOCS; Processo Decisório patrocinado
pelo DNOCS, Capacitação de Cooperação Externa das Entidades Vinculadas ao Ministério do
Interior, realizado em Brasília-DF; e, Semi-Aridez e Lavouras Xerófilas, ministrado pelo
Engenheiro Agrônomo José Guimarães Duque, na Direção Geral do DNOCS, em Fortaleza (CE).
       
Em função das suas atividades profissionais recebeu vários elogios por sua atuação no
DNOCS, tendo sido distinguido em 1978 pelo Ministro da Agricultura da Espanha em
reconhecimento pelo trabalho realizado em favor das relações hispano-brasileiras.
       
Pertence às seguintes instituições: Sócio Efetivo do Instituto Paraibano de Genealogia
e Heráldica; Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do
Norte; Acadêmico Correspondente da Academia Limoeirense de Letras-Limoeiro do Norte -
Estado do Ceará; Sócio Efetivo da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro,
Núcleo da Paraíba. Além disso, pertence a Associação dos Engenheiros Agrônomos do
Estado do Ceará, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado da Paraíba, Associação
Brasileira de Irrigação e Drenagem; Associação Brasileira de Ciências do Solo e Associação
Brasileira de Recursos Hídricos.
       
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 16.06.2000, tendo recebido a
Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos".
       
Possui vários trabalhos publicados na sua especialidade e na área de História e Genealogia,
destacando-se: DNOCS-Organismo Pioneiro no Estudo e Equacionamento dos Problemas do Nordeste
Semi-Árido, classificado em 1º Lugar, no Primeiro Concurso de Monografia do DNOCS,
realizado
em 1980; Potencialidades y Perspectivas de Producion de Soya e Maiz em la Cuenca
de los rios
Araguaia y Tocantins em Brasil, apresentado na Feira Nacional de São Miguel, realizada em
Lérida, Espanha, em 1983; Potencialidades dos Recursos de Solo e Água na Bacia do
Araguaia-Tocantins, apresentado no 6º Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem,
realizado em Belo Horizonte-MG, em 1982; Progressos e Problemas no Melhoramento da
Pastagem no Nordeste Semi-Árido, apresentado no Simpósio "Improved Utilization of
Natural Resource in Arid and Semi-Arid Regions", realizado em Mendoza, Argentina, em
1984; "Recursos de Solo e Água no Semi-Arido Nordestino", 1998; Ideologia e Espaço
Social em Órris Barbosa (Estudo Critico sobre a Seca de 32), como co-autor, 1999; Rafael
Correia de Oliveira, na Coleção Paraíba Nomes do Século - Serie Histórica, 2000; Uma Visão
Histórica das Secas do Nordeste, 2002; Evocando Janduhy Carneiro no seu Centenário, 2003; Os
Carneiros do Sertão da Paraíba e de Outras Terras - Aspectos Históricos, Políticos,
Genealógicos, 2004.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Currículo do associado e arquivo do IHGP.